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São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2003

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Brizola oferece "vaga" no PDT para radicais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PDT vai oferecer a legenda aos dissidentes do PT que eventualmente venha a ser expulsos do partido por se opor à contribuição dos inativos, uma das medidas da proposta de reforma da Previdência a ser enviada amanhã pelo governo ao Congresso.
A decisão é do presidente da sigla, Leonel Brizola, que resolveu fechar questão contra a contribuição previdenciária, mas que pode ainda vir a apoiar outros itens das reformas. Brizola não pretende romper com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dos partidos que integram a base aliada do Planalto, o PDT é o único que tem decisão contrária à contribuição formalizada pelo Diretório Nacional. PPS, PTB e PL estão fechados com os projetos de Lula. No PSB e PC do B, há manifestações contrárias, mas devem seguir a orientação de suas direções a favor das propostas.
A situação do PDT é a que causa mais apreensão ao governo, mas o Planalto nada pode fazer enquanto não enquadrar a dissidência no próprio PT. Além da posição de Brizola, a situação no PDT apresenta um componente extra: o ministro Miro Teixeira (Comunicações), espécie de contrapeso do governo às posições do presidente da sigla, desta vez apoiou a decisão do partido.
Segundo o líder do PDT na Câmara, Neiva Moreira (MA), a posição contrária de Miro à cobrança dos inativos é anterior à do próprio PDT. Ele já teria informado sua decisão ao Planalto. Procurado pela Folha, o ministro não quis se manifestar.
O PDT tem 16 votos na Câmara e cinco no Senado. Na votação do projeto que permite a autonomia do Banco Central, 15 deputados se abstiveram e um votou contra.
(RAYMUNDO COSTA)


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