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Brizola oferece
"vaga" no PDT
para radicais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PDT vai oferecer a legenda
aos dissidentes do PT que eventualmente venha a ser expulsos do
partido por se opor à contribuição dos inativos, uma das medidas da proposta de reforma da
Previdência a ser enviada amanhã
pelo governo ao Congresso.
A decisão é do presidente da sigla, Leonel Brizola, que resolveu
fechar questão contra a contribuição previdenciária, mas que pode
ainda vir a apoiar outros itens das
reformas. Brizola não pretende
romper com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dos partidos que integram a base aliada do Planalto, o PDT é o
único que tem decisão contrária à
contribuição formalizada pelo Diretório Nacional. PPS, PTB e PL
estão fechados com os projetos de
Lula. No PSB e PC do B, há manifestações contrárias, mas devem
seguir a orientação de suas direções a favor das propostas.
A situação do PDT é a que causa
mais apreensão ao governo, mas
o Planalto nada pode fazer enquanto não enquadrar a dissidência no próprio PT. Além da posição de Brizola, a situação no PDT
apresenta um componente extra:
o ministro Miro Teixeira (Comunicações), espécie de contrapeso
do governo às posições do presidente da sigla, desta vez apoiou a
decisão do partido.
Segundo o líder do PDT na Câmara, Neiva Moreira (MA), a posição contrária de Miro à cobrança dos inativos é anterior à do
próprio PDT. Ele já teria informado sua decisão ao Planalto. Procurado pela Folha, o ministro não
quis se manifestar.
O PDT tem 16 votos na Câmara
e cinco no Senado. Na votação do
projeto que permite a autonomia
do Banco Central, 15 deputados se
abstiveram e um votou contra.
(RAYMUNDO COSTA)
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