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CASO CC-5
PF tem em mãos quebras de sigilo bancário de agência do Banestado
Investigação atinge mais 15 contas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A equipe da Polícia Federal que
investiga o uso da agência Banestado em Nova York para lavar
US$ 30 bilhões entre 1996 e 1999
ampliou de 137 para 152 o número de contas que constituem o alvo da apuração.
Um cálculo preliminar indica
que os recursos que passaram por
tais contas beneficiaram 50 mil
pessoas físicas e jurídicas estabelecidas em paraísos fiscais -e
parte dos recursos pode ter retornado em investimentos ao Brasil.
Em Nova York há 60 dias, o delegado Castilho Neto e o perito
Renato Barbosa já têm em mãos a
quebra do sigilo, no sistema bancário americano, de três contas,
entre elas a "tucano" -outras
seis quebras estão autorizadas judicialmente.
Na semana passada, as procuradoras Raquel Branquinho e Valquíria Quixadá, do Ministério Público Federal em Brasília, estiveram em Nova York e colheram informações com a equipe da PF.
"Eles precisam ficar lá pelo menos mais 30 dias. Não vão fechar o
caso, mas terão muito mais informações para sustentarmos a investigação aqui no Brasil", disse
Raquel.
Castilho e Barbosa, cuja missão
deveria ter terminado anteontem,
continuam em Nova York. Pelo
menos até a próxima quinta-feira,
não devem receber as diárias de
US$ 300 pagas pela PF, que alega
ter gasto US$ 70 mil com a missão
e não dispor de mais recursos para manter os policiais nos Estados
Unidos.
Segundo as procuradoras, os
policiais estreitaram relações com
o Ministério Público do Estado de
Nova York. E pretendem, com a
cooperação do órgão, a abertura
de processo sobre o Banestado na
Justiça americana.
O Ministério Público de Nova
York investiga a conta Beacon
Hill, no Chase Manhattan. A empresa, situada na cidade de Nova
York, detém a conta mãe na qual
está abrigada a movimentação da
subconta "tucano".
Como colaboração, o delegado
Castilho prestará depoimento no
caso sobre a Beacon Hill.
(ANDRÉA MICHAEL)
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