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ELEIÇÕES 2006
Tucano rebateu críticas do prefeito do Rio
Alckmin diz que condição do PFL para oficializar chapa é "bobagem"
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em negociação com o PPS para
a costura de uma aliança, o pré-candidato do PSDB à Presidência,
Geraldo Alckmin, subiu o tom ao
comentar ontem as condições do
PFL -em especial as críticas do
prefeito do Rio, Cesar Maia- para oficialização da chapa nacional.
Alckmin chamou de "bobagem"
e, por isso, disse que não iria comentar a freqüência com que recebe ataques de Maia.
Ele manifestou sua contrariedade ao sugerir que a aliança se faça
política com base em "princípios
e valores": "A aliança que vamos
fazer com o PFL se faz em torno
do país. Não podemos deixar
continuar o nível da política brasileira: mensalão, "valerioduto",
falta de equipe [...]. Temos que
nos unir para cumprir um projeto, um programa, fazer política
com objetivos, princípios, valores. Assim que se faz política",
pregou Alckmin, prometendo
ampliar o arco de alianças.
Segundo tucanos, a costura com
o PPS inclui o apoio do PSDB aos
candidatos do partido no Acre e
no Mato Grosso, por exemplo,
além de alianças em Estados, como São Paulo e Pernambuco.
Ontem, em seu ex-blog, Maia
acusou o PSDB de "cooptação" na
articulação da aliança com PFL:
"O PSDB quer reproduzir a prática anterior e ter o PFL, seu apoio
eleitoral, seu tempo de TV, e depois -se eleito- entregar uns
cargos. Isso não é Concertación,
mas política velha de cooptação".
Segundo tucanos, Alckmin demonstra irritação com alguns setores do PFL. Eles duvidam ainda
de acordo em alguns Estados
apontados como prioritários pelos pefelistas, como Maranhão,
Goiás e Rio. Na Bahia, parte do
PSDB deverá apoiar, informalmente, o governador Paulo Souto.
Alckmin admitiu que não cumprirá o prazo fixado para concluir
o acordo, 15 de maio. "Ninguém
acredite que isso vai se resolver esta semana, nos próximos dias.
Não é assim na política. Temos
até o fim de maio." Ele reafirmou
o interesse no apoio do PMDB,
ainda que informal. Mas, ao responder se procuraria o ex-governador Anthony Garotinho, que já
chegou a ser cotado para ser seu
vice, frisou: "O apoio do PMDB".
Ontem, Alckmin visitou o ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato do PSDB ao Governo, José
Serra, que se recupera de uma cirurgia -os dois não posaram para fotos porque Serra está com
conjuntivite. Como Serra tem um
capital político próprio e Alckmin, alta aprovação no Estado, os
dois terão aparições públicas, a
partir da semana que vem, quando, segundo Alckmin, os dois farão um "giro" pelo interior.
Serra também o acompanhará
fora do Estado. Alckmin informou a Serra ter convidado o vereador José Aníbal para que se integre à campanha, desistindo de
concorrer ao Governo.
Houve, segundo Alckmin, troca
de experiência: "Ouvi agora do
Serra: "Campanha é assim mesmo. Tem que agüentar até agosto,
porque vai ficar todo dia, não decola, está atrás na pesquisa". Tem
que ter paciência'".
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