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BRASIL GRANDE
País espera receber R$ 120 mi; BNDES diz atuar no exterior desde 95
ONU pagará parte do gasto com missão, afirma Defesa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Defesa informou na última sexta-feira, em
Brasília, que cerca de um terço
dos gastos do governo brasileiro
com a missão no Haiti deverá ser
ressarcido pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Se a ONU cumprir o compromisso, que seria pagar R$ 120 milhões, os custos do Brasil com a
missão seriam de R$ 220 milhões.
Embora, até a semana passada, a
ONU tenha repassado apenas R$
26,7 milhões ao Brasil, o ministério afirmou que o cronograma está dentro do esperado.
A Aeronáutica informou, a respeito das diárias pagas para a
equipe do AeroLula em 2004, que
se esforçou para fazer treinamentos no próprio Brasil, e assim reduzir os custos das diárias.
A respeito dos custos de viagens
internacionais no AeroLula, a Aeronáutica informou, no ato de
apresentação do avião, em janeiro, que os custos por hora de vôo
eram bem menores que os do antigo avião presidencial, o Sucatão
(US$ 2.100 contra US$ 7.300).
O consumo médio de combustível do AeroLula, segundo os dados informados à imprensa, seria
de 2.500 por hora, contra 6.800 do
Boeing 707.
A assessoria do Ministério do
Desenvolvimento, em Brasília,
atribuiu ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a tarefa de justificar
os US$ 463 milhões concedidos
em financiamentos pelo banco
para seis países entre 2003 e 2005.
A assessoria do BNDES, no Rio
de Janeiro, informou que "cada
um destes financiamentos é dado
a empresas brasileiras, para que
executem obras de infra-estrutura, portanto, trata-se de exportação de produtos nacionais e serviços de engenharia realizados por
técnicos brasileiros".
No ofício enviado pelo ministro
Luiz Furlan ao Congresso, a área
técnica do BNDES vai na mesma
linha de argumentação: "Destaque-se que (...) os desembolsos de
recursos são efetuados em reais,
no Brasil, diretamente ao exportador brasileiro, com base nas exportações brasileiras realizadas,
representativas de produção nacional e responsáveis pela geração
e manutenção de empregos e postos de trabalho no país".
De acordo com a nota, assinada
pelo superintendente da AEX
(Área de Comércio Exterior), Luiz
Antonio Araújo Dantas, e mais
três técnicos, esse tipo de financiamento vem sendo executado
desde, pelo menos, 1995: "O
BNDES, na qualidade de agente
de desenvolvimento da economia
brasileira e à luz da prioridade estabelecida pelo governo federal,
vem, há mais de uma década, financiando o esforço exportador
das empresas brasileiras, por intermédio de suas linhas de apoio à
comercialização no exterior de
bens e serviços brasileiros".
(JULIA DUAILIBI E RUBENS VALENTE)
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