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BRASIL GRANDE
Gastos com treinamento inflam custo do AeroLula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em documento enviado ao
Congresso, o Ministério da Defesa
revelou ter gasto, em 2004, R$ 412
mil só com diárias e ajudas de custo de militares que passaram por
treinamento para pilotar o Airbus
presidencial, o AeroLula.
Esses gastos não estavam computados no custo final do avião
(US$ 56,7 milhões). Em janeiro, o
Comando da Aeronáutica havia
afirmado, em texto distribuído à
imprensa, no tópico "O treinamento dos pilotos do avião", que
"todo esse pacote de treinamento
estava incluso no contrato de
aquisição, o que não implicou
custos adicionais para o país".
O ministério também informou
que as viagens realizadas desde janeiro com o AeroLula pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
nacionais e internacionais, excetuando-se a última ida à Ásia, representaram custos de pelo menos R$ 2,8 milhões.
A maior parte do gasto está relacionada ao consumo de combustível. O governo pagou cerca de
R$ 1,8 milhão por 895 mil litros de
combustível. Somente nas viagens pelo interior do país, foram
consumidos 757.447 litros.
Além do combustível, o avião
presidencial gerou gastos com
adequação da infra-estrutura do
hangar, equipamentos, serviço de
manutenção e reposição de peças.
Esse tipo de despesa consumiu,
até 30 de abril, R$ 1,032 milhão.
As informações constam do ofício número 4384, de 20 de maio,
assinado pelo ministro da Defesa,
José Alencar, enviado à Câmara
na semana passada.
De acordo com o documento,
entre janeiro de 2004 e abril de
2005 foram gastos R$ 412 mil
(com o dólar a R$ 2,38) em ajuda
de custo para os pilotos e mecânicos da Força Aérea Brasileira que
realizaram cursos de treinamento
específico para o Airbus.
Em julho de 2004, o governo pagou R$ 149.940 para manter quatro militares durante 18 dias num
curso de piloto no exterior.
A partir de janeiro de 2005, somente com as diárias internacionais da tripulação em sete viagens
internacionais realizadas pelo
presidente no AeroLula, foram
gastos quase R$ 126 mil.
A conta não inclui a despesa
com as diárias dos servidores civis
que integram as comitivas e dos
servidores militares que prestam
serviço na Presidência da República e participaram de alguns
desses vôos nem os gastos com
alimentação durante as viagens.
O ofício da Defesa diz que o
controle dos gastos com esses servidores é do Palácio do Planalto.
Além disso, só para buscar o avião
presidencial, que estava na Europa para finalização da montagem,
foram gastos R$ 45.220 com diárias e hospedagens de cinco militares durante 12 dias de janeiro.
A Defesa também informou que
serão pagos R$ 15,45 milhões à
empresa aérea TAM até 2009 em
razão da realização de "serviços
de manutenção programada e
não programada, com fornecimento de material" para o avião
presidencial. A TAM foi escolhida
pelo governo para executar o serviço.(JD e RV)
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