São Paulo, sexta-feira, 29 de maio de 2009

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Outro lado

Ex-presidente do tribunal diz que "tudo é mentira"

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-presidente do TJ de Minas, Orlando Adão Carvalho, diz que pretende transformar em queixa-crime um inquérito contra o desembargador Doorgal Borges de Andrada no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
"É claro que tudo é mentira, nada de verdade. É apenas a revolta dele contra o [atual] presidente", diz Carvalho.
"Nós fizemos a alocação de um prédio para o tribunal. É ilógico que alguém pague R$ 5 milhões a outrem por alugar um imóvel durante cinco anos por R$ 600 mil por mês. Empresa nenhuma jamais faria isso", diz ele.
Carvalho afirma que um assessor, citado no e-mail, já escreveu uma carta dizendo que jamais fez referência a "esse negócio dos R$ 5 milhões". "Os filhos do Sérgio Resende [presidente atual] deram afirmações de que jamais sofreram qualquer ameaça de meus filhos", diz.
"Ele [Andrada] fala que eu presidi a sessão em que meu filho foi eleito para o órgão especial do tribunal. Eu transferi a presidência para o primeiro-vice-presidente."
O presidente do TJ-MG, desembargador Sérgio Resende, diz que o episódio não lhe diz respeito. Sobre as suspeitas de corrupção, afirma que "as alegações de Andrada não o atingem". "O que ocorreu na gestão passada não é problema meu."
Ele diz que o TJ cumpre a resolução do CNJ ao promover magistrados, e presta informações ao conselho.
O desembargador Andrada afirma que não pode opinar sobre o que está sub judice. Diz ter sabido que o juiz Danilo Campos -que ele define "adversário associativo na Amagis e na AMB"- "teria provocado o CNJ por sua conta, usando para isso um e-mail particular e privativo de minha vida pessoal". (FV)


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