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Outro lado
Ex-presidente do tribunal diz que "tudo é mentira"
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-presidente do TJ de
Minas, Orlando Adão Carvalho, diz que pretende transformar em queixa-crime um
inquérito contra o desembargador Doorgal Borges de
Andrada no STJ (Superior
Tribunal de Justiça).
"É claro que tudo é mentira, nada de verdade. É apenas
a revolta dele contra o [atual]
presidente", diz Carvalho.
"Nós fizemos a alocação de
um prédio para o tribunal. É
ilógico que alguém pague R$
5 milhões a outrem por alugar um imóvel durante cinco
anos por R$ 600 mil por mês.
Empresa nenhuma jamais
faria isso", diz ele.
Carvalho afirma que um
assessor, citado no e-mail, já
escreveu uma carta dizendo
que jamais fez referência a
"esse negócio dos R$ 5 milhões". "Os filhos do Sérgio
Resende [presidente atual]
deram afirmações de que jamais sofreram qualquer
ameaça de meus filhos", diz.
"Ele [Andrada] fala que eu
presidi a sessão em que meu
filho foi eleito para o órgão
especial do tribunal. Eu
transferi a presidência para o
primeiro-vice-presidente."
O presidente do TJ-MG,
desembargador Sérgio Resende, diz que o episódio não
lhe diz respeito. Sobre as suspeitas de corrupção, afirma
que "as alegações de Andrada não o atingem". "O que
ocorreu na gestão passada
não é problema meu."
Ele diz que o TJ cumpre a
resolução do CNJ ao promover magistrados, e presta informações ao conselho.
O desembargador Andrada afirma que não pode opinar sobre o que está sub judice. Diz ter sabido que o juiz
Danilo Campos -que ele define "adversário associativo
na Amagis e na AMB"- "teria provocado o CNJ por sua
conta, usando para isso um
e-mail particular e privativo
de minha vida pessoal".
(FV)
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