JOSÉ ALBERTO BOMBIG
ENVIADO ESPECIAL A PARINTINS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, ao chegar a Parintins (cidade a 400 km de Manaus), que a "Amazônia não é intocável".
Segundo ele, em governos anteriores, o discurso da preservação ambiental foi usado como desculpa para justificar a ausência de investimentos na região.
Lula chegou a Parintins ontem acompanhado da mulher, Marisa, de cabelos mais curtos, dos ministros Walfrido Mares Guia (Turismo) e Gilberto Gil (Cultura) e do governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS).
"Isso aqui [a Amazônia] não pode ser tratado como se fosse uma coisa do outro mundo, intocável, onde as pessoas não têm direito aos benefícios. Em nome do discurso da preservação, deixou-se de mandar para cá investimentos", disse Lula.
O presidente, em cima de um palanque, prometeu que fará chegar à cidade, localizada em uma ilha do rio Amazonas, a energia elétrica da usina de Tucuruí (PA). "São coisas tão elementares que já deveriam ter sido feitas para todo mundo."
No discurso, o presidente não tocou em temas polêmicos, como as reformas.
À noite, ele assistiria ao Festival Folclórico de Parintins -a disputa entre os bois (espécie de blocos) Garantido e Caprichoso.
Lula anunciou que os geradores de energia elétrica a diesel que estão na cidade para o festival permanecerão lá após a festa. "Agora vocês vão poder namorar no claro, o que, às vezes, não é bom", disse ele, que inaugurou o novo portal de Parintins, em frente ao aeroporto.


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