São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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PAINEL

Via indireta
O PSDB usará seus primeiros programas eleitorais em SP para denunciar um suposto acordo entre Lula e Paulo Maluf. Com isso, os aliados de Geraldo Alckmin querem forçar o PT a atacar o candidato do PPB e impedir que ele vença no primeiro turno.

Pragmatismo palaciano
FHC disse a interlocutores que, se ficar evidente que já no início do horário eleitoral José Serra não terá mais chances de recuperação, não irá participar de sua campanha na TV.

Apoio em tamanho
Enquanto nos outdoors de José Genoino (PT-SP) há uma foto grande de Lula, nos de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) aparece apenas o nome de José Serra. Em letras bem pequenas.

Bancada petista
Orestes Quércia diz que proibirá os candidatos a deputado do PMDB-SP de pedir votos para José Serra na propaganda eleitoral. Usará o argumento de que o partido está "dividido" em SP entre Serra e Lula.

Cenas históricas
Quércia quer fazer dois comícios ao lado de Lula em SP, para usar as imagens em seus programas de campanha ao Senado.

Temperamento
O comitê de Ciro Gomes já está preparado: além de Fernando Collor, ele será comparado pelos adversários a Jânio Quadros.

Fumaça de baixaria
Rodrigo Rollemberg, candidato do PSB ao governo do DF, apresentou queixa ao TRE contra o governador Joaquim Roriz (PMDB), que tenta a reeleição. Em um comício em Ceilândia, Roriz chamou Rollemberg de "o rapaz que gosta de maconha".

Novos tempos
Zeca do PT se elegeu com ataques à "bandalheira do PMDB" que governava o MS. Agora pede votos ao ex-governador Marcelo Miranda (87-91), hoje candidato a federal pelo PL.

Riqueza alagoana
A campanha de Fernando Collor (PRTB) ao governo de Alagoas pretende gastar R$ 2,5 por eleitor no Estado, que tem 102 municípios. Em São Paulo, com seus 645 municípios, Paulo Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin (PSDB) prometem desembolsar, cada um, R$ 0,70 por eleitor.

Contas de campanha
Collor declarou ao Tribunal Regional Eleitoral que pretende gastar R$ 4 milhões na sua campanha ao governo de Alagoas, que tem 1,6 milhão de eleitores. Em SP (com 25,6 milhões de eleitores), Maluf e Alckmin indicaram ao TRE, cada um, teto máximo de R$ 18 milhões.

Governismo abastado
Ronaldo Lessa (PSB), candidato à reeleição de Alagoas e adversário de Collor, prevê gastar um pouco menos do que o ex-presidente, R$ 3 milhões.

Veneno baiano
Slogan do deputado Waldir Pires (PT), adversário de Antonio Carlos Magalhães (PFL) na disputa ao Senado pela Bahia: "Um senador sem fraude".

Longe de casa
Marina Silva (PT-AC), candidata ao Senado, fará um jantar em São Paulo, em agosto, para arrecadar recursos financeiros para sua campanha.

Pau-brasil
Líderes pataxós da BA irão ao STF nesta semana para pedir que seja julgado de uma vez por todas o processo que tenta anular títulos distribuídos pelo então governador ACM na década de 70. O processo, que se arrasta desde março de 1983, é relatado pelo ministro Nelson Jobim.

Chacina
Os pataxós também procurarão o ministro Paulo de Tarso (Justiça) e o novo presidente da Funai, Arthur Mendes, para denunciar que desde 1982, quando começaram a retomar as terras indígenas, ocorreram 17 assassinatos de índios na região, geralmente em emboscadas.

TIROTEIO

Do secretário-geral do PSDB, deputado Márcio Fortes (RJ), criticando os tucanos que pedem para que Serra seja "mais simpático" na campanha:
- Não dá para mudar o Serra agora. Não dá para fazer psicanálise no candidato nesse momento da campanha.

CONTRAPONTO

Disco riscado

Logo que assumiu uma vaga na CPI criada em Santo André para investigar supostos casos de propina, o vereador Osvaldo Moura (PMDB) recebeu da imprensa o apelido de "Barbosa", personagem da extinta "TV Pirata", da Rede Globo. "Barbosa" sempre repetia as frases dos seus interlocutores.
O vereador passou a CPI repetindo perguntas de outros vereadores, daí o apelido. Para se livrar da fama, Moura decidiu mudar de tática no depoimento do empresário Sérgio Gomes da Silva, no último dia 16. Lendo um papel, pediu para fazer a primeira pergunta:
- Sérgio Gomes da Silva, o senhor é ou já foi filiado a algum partido político?
Após o empresário ter respondido que fora filiado ao PT até 1999, Moura disparou:
- O senhor é ou já foi filiado ao PT?
A platéia caiu no riso.



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