São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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Petista acusa oponente de "semear ódio"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O candidato do PT ao governo gaúcho, Tarso Genro, afirma que Antônio Britto está ""semeando ódio" contra seu partido.
Afirma, porém, que acusações e críticas feitas ao programa petista implementado pelo governador Olívio Dutra no Rio Grande do Sul serão discutidas com clareza no segundo turno.
Leia trechos da entrevista concedida à Agência Folha por Tarso, 55, em meio a um roteiro pelo interior. (LG)

Agência Folha - Como o sr. está avaliando o fato de ser candidato de situação de um governo que sofre contestações?
Tarso Genro -
Isso é normal. Todo o governo que implementa um projeto novo causa contestações. Não vejo problema de ser candidato governista.
Ao mesmo tempo em que vejo adversários do nosso projeto, vejo, aqui no interior, apoio de pessoas que gostaram do projeto que implementamos.
Há quem sofreu com o governo Britto e tem posições contrárias a ele.

Agência Folha - Pesquisas mostram o avanço de Britto e a perda de terreno do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio Grande do Sul. Como o sr. explica isso?
Tarso -
As pesquisas têm mostrado uma disputa equilibrada, a maioria mostra empate técnico. Isso é natural quando dois projetos se opõem.

Agência Folha - Esta eleição é mais ideologizada que o comum?
Tarso -
É uma eleição bastante ideologizada, sim, entre dois projetos.

Agência Folha - Fatos como a saída da Ford e acusações de vínculos entre o governo e o jogo do bicho não o prejudicam?
Tarso -
Os adversários ao nosso projeto tentam despertar ódio contra nós, utilizando-se de estratégias como a de dizer que expulsamos a Ford, o que não é verdade. Esse enfrentamento vai ficar mais claro no segundo turno.

Agência Folha - Se Lula perder a eleição nacional, e o sr. vencer no Estado, o sr. se credencia como nova liderança nacional petista?
Tarso -
Não cogito essa hipótese de o Lula perder. Minha campanha está vinculada à dele em nível nacional.

Agência Folha - Quais as perspectivas de o sr. contar com o apoio do senador Pedro Simon (PMDB-RS) e do ex-governador Leonel Brizola (PDT) em um eventual segundo turno? Isso seria decisivo para a sua candidatura?
Tarso -
Eles têm candidatos que podem estar no segundo turno.


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