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Petista acusa oponente de "semear ódio"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O candidato do PT ao governo
gaúcho, Tarso Genro, afirma que
Antônio Britto está ""semeando
ódio" contra seu partido.
Afirma, porém, que acusações e
críticas feitas ao programa petista
implementado pelo governador
Olívio Dutra no Rio Grande do
Sul serão discutidas com clareza
no segundo turno.
Leia trechos da entrevista concedida à Agência Folha por Tarso,
55, em meio a um roteiro pelo interior.
(LG)
Agência Folha - Como o sr. está
avaliando o fato de ser candidato
de situação de um governo que sofre contestações?
Tarso Genro - Isso é normal. Todo o governo que implementa um
projeto novo causa contestações.
Não vejo problema de ser candidato governista.
Ao mesmo tempo em que vejo
adversários do nosso projeto, vejo, aqui no interior, apoio de pessoas que gostaram do projeto que
implementamos.
Há quem sofreu com o governo
Britto e tem posições contrárias a
ele.
Agência Folha - Pesquisas mostram o avanço de Britto e a perda
de terreno do candidato do PT à
Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio Grande do Sul. Como o sr.
explica isso?
Tarso - As pesquisas têm mostrado uma disputa equilibrada, a
maioria mostra empate técnico.
Isso é natural quando dois projetos se opõem.
Agência Folha - Esta eleição é
mais ideologizada que o comum?
Tarso - É uma eleição bastante
ideologizada, sim, entre dois projetos.
Agência Folha - Fatos como a saída da Ford e acusações de vínculos
entre o governo e o jogo do bicho
não o prejudicam?
Tarso - Os adversários ao nosso
projeto tentam despertar ódio
contra nós, utilizando-se de estratégias como a de dizer que expulsamos a Ford, o que não é verdade. Esse enfrentamento vai ficar
mais claro no segundo turno.
Agência Folha - Se Lula perder a
eleição nacional, e o sr. vencer no
Estado, o sr. se credencia como nova liderança nacional petista?
Tarso - Não cogito essa hipótese
de o Lula perder. Minha campanha está vinculada à dele em nível
nacional.
Agência Folha - Quais as perspectivas de o sr. contar com o apoio do
senador Pedro Simon (PMDB-RS) e
do ex-governador Leonel Brizola
(PDT) em um eventual segundo
turno? Isso seria decisivo para a sua
candidatura?
Tarso - Eles têm candidatos que
podem estar no segundo turno.
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