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RIO GRANDE DO SUL
Polarizados, candidatos do PPS e do PT ao governo gaúcho investem no interior do Estado e trocam acusações
Britto e Tarso disputam hegemonia no Sul
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Mesmo sustentando a retórica
da humildade e do respeito aos
demais concorrentes, os candidatos ao governo do Rio Grande do
Sul Tarso Genro (PT) e Antônio
Britto (PPS) já vivem clima de segundo turno, em uma disputa
acirrada e polarizada.
As estratégias de campanha terão costuras políticas e busca de
apoio pelo interior do Estado.
Ambas as coordenações de campanha vêm conversando com
prefeitos de todos os municípios,
independentemente do partido.
Segundo pesquisas locais, Britto
e Tarso se alternam na liderança
da corrida eleitoral, sempre acima
da casa dos 30% das intenções de
voto -na semana passada, levantamento de instituto da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul dava 38,8% a Britto, contra
31,7% de Tarso. Juntos, os outros
candidatos não chegam a 15%.
Dois líderes já estão tendo atenção especial por parte de Britto e
Tarso: o senador Pedro Simon
(PMDB) e o ex-governador Leonel Brizola (PDT).
No caso de Britto, a tática é a da
omissão -não responderá a ataques que os dois caciques lhe desfiram, diz seu coordenador de
campanha, o deputado federal
Nelson Proença. No de Tarso, é
ação. ""Falamos vagamente com
Simon. Com Brizola, conversaremos. Haverá horário próprio para
isso", diz o coordenador da campanha de Tarso, o presidente regional do PT, David Stival.
Tarso também quer evitar que
os demais candidatos, José Fortunati (PDT), Germano Rigotto
(PMDB) e Celso Bernardi (PPB),
unifiquem o discurso anti-PT. Já
Britto conta com isso para amealhar mais apoio num eventual segundo turno.
Para atingir no interior do Estado a mesma popularidade que
tem em Porto Alegre e na região
metropolitana, Tarso aposta em
pelo menos três caravanas temáticas. A primeira será a da agricultura, nas Missões, zona sul do Estado e serra; a segunda será sobre
desenvolvimento econômico, em
Porto Alegre, região metropolitana e serra. A terceira, sobre políticas sociais, visitará cidades como
Soledade e Lajeado. Outras poderão ser feitas.
A preocupação de Britto também está no interior e visa a corrigir erros do passado, quando prefeitos eram menosprezados pelo
então governador e candidato à
reeleição. Por conta disso, ele perdeu popularidade. ""Em primeiro
lugar, quando chegamos aos municípios, visitamos os prefeitos,
sejam de que partido eles forem. É
uma cortesia", diz Proença.
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