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São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2003

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Instituição foi criada por JK e extinta por FHC

DA REDAÇÃO

A Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) foi criada pelo presidente Juscelino Kubitschek pela lei 3.692, de 15 de dezembro de 1959. Idealizada pelo economista Celso Furtado, seu primeiro superintendente, ela constituía uma espécie de "ministério", subordinado diretamente ao presidente, destinado a promover a industrialização e o desenvolvimento da região.
No 1º Plano Diretor da Sudene foram priorizados os investimentos em transportes, energia elétrica, indústria têxtil, pesca e artesanato. Em 1964, porém, a Sudene perdeu sua autonomia e foi incorporada ao Ministério do Interior. Sua atuação passou a se limitar à gestão dos incentivos fiscais voltados à industrialização da região por meio do Fundo de Investimentos do Nordeste.
O Finor estimulou a instalação de várias empresas, que no entanto não atenuaram a desigualdade social. Começaram também a se avolumar sinais de fraudes: até 1995 o órgão tinha destinado R$ 395 milhões a 51 projetos irregulares, cuja recuperação era impossível. O órgão foi extinto por Fernando Henrique Cardoso com a MP 2.145, de 2 de maio de 2001.
Nos seus 41 anos de vida, a Sudene aprovou 3.058 projetos, sendo que 2.178 foram implantados (70,99%), média bem superior à da Sudam (35,39%). Nos anos 60, chegou a ter 3.070 servidores; ao ser extinta, tinha 916. Dos governadores que se reuniram com Lula, três foram superintendentes da Sudene: José Reinaldo Tavares (MA), Paulo Souto (BA) e Cássio Cunha Lima (PB).


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