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Para Aécio, governo
erra ao não negociar
DA ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Ao chegar à reunião de governadores da área de atuação da Sudene, o governador de Minas Gerais,
Aécio Neves (PSDB), disse que o
governo federal está cometendo
um "equívoco" ao "fechar as portas" para uma negociação efetiva
das reivindicações dos Estados no
projeto de reforma tributária.
Os governadores querem discutir o repasse de parte da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira) para
os Estados e municípios, assunto
que Lula não quis discutir na última reunião com representantes
dos governadores. Para Aécio,
bastaria que o governo fizesse
uma contraproposta de repasse
gradual de parte da arrecadação.
"Se nós conseguirmos um entendimento, mesmo que não se
inicie exatamente por esse percentual (reivindicado) no primeiro ano, acho que é palatável. O
equívoco, ao meu ver, é fechar as
portas para esse entendimento
porque aí essa discussão ocorrerá
inevitavelmente dentro do Congresso Nacional sem que nós saibamos exatamente qual será o
desfecho", disse Aécio.
"Eu sou absolutamente contrário a qualquer centralização de
decisão e de gestão orçamentária", concluiu o governador. Porém a reforma tributária não chegou a ser discutida no encontro
porque Lula alegou que estaria se
encontrando com o relator da reforma ainda ontem à noite.
Além de parte da CPMF, os Estados querem o repasse de 25% da
arrecadação da Cide e o aumento
do Fundo de Compensação da Lei
Kandir. Segundo Aécio, a repartição das verbas da CPMF na reforma tributária não afetaria a estabilidade macroeconômica.
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