São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2004

Próximo Texto | Índice

PAINEL

De carona
Na esteira da queda de Luiz Augusto Candiota do BC, a oposição vai ressuscitar o pedido de convocação de Cássio Casseb pela CPI do Banestado. Entre fevereiro de 1999 e dezembro do ano seguinte, o hoje presidente do Banco do Brasil movimentou R$ 1,6 mi em contas CC-5.

Outros tempos
O requerimento foi apresentado em 2003 pelo senador tucano Arthur Virgílio. À época, a CPI não viu motivos para analisá-lo.

Na mesma
Do líder pefelista na Câmara, José Carlos Aleluia, sobre a decisão de devolver os R$ 70 mil destinados pelo BB a um show arrecadador de fundos para o PT: "Foi cometido um crime. A devolução do dinheiro não o extingue e nem sequer o atenua".

No bolso do colete
Luiz Augusto Candiota manifestou a intenção de deixar o BC pela primeira vez na quinta, ao saber das acusações da "IstoÉ". Ontem, quando o diretor anunciou a decisão de sair, o governo tinha desde a véspera o nome do substituto, Rodrigo Azevedo.

Sem marola
De um petista afinado com a equipe econômica, satisfeito com a repercussão da troca de guarda no Banco Central: "Mudamos o diretor de Política Monetária com o dólar em baixa. E em baixa ele permaneceu".

Longa distância
Informado por Humberto Costa do fracasso das negociações com os planos de saúde, Lula autorizou o ministro por telefone, do Gabão, a ingressar na Justiça contra as seguradoras.

Todos juntos vamos
No domingo, antes de prestar depoimento à PF em Brasília, Tiago Verdial, espião português a serviço da Kroll, fez apenas um pedido: ser ouvido depois de Brasil x Argentina. Os policiais, que viviam o mesmo drama, toparam na hora.

Ascensão e queda
Com a recuperação de Marta Suplicy e a difícil situação do PT nas principais cidades do interior paulista, o grupo da prefeita avalia que basta a ela chegar ao segundo turno para controlar o Diretório Estadual do partido, hoje nas mãos de seus adversários na corrida por 2006.

Palmo a palmo
Os números do mais recente Ibope confirmam a populosa zona leste como palco de um embate de primeira grandeza na sucessão paulistana: lá, onde os tucanos historicamente não se deram bem, Marta Suplicy obtém seu melhor desempenho.

Pelo estômago
Orestes Quércia oferecerá almoço no sábado, em churrascaria da zona sul da capital, a pelo menos 300 correligionários de seu PMDB. Embora resista a abrir o cofre do partido à aliada Luiza Erundina (PSB), pretende "cobrar participação" na campanha da ex-prefeita.

Qualquer negócio
Do prefeito Cesar Maia (PFL), líder da disputa no Rio, sobre a tentativa do presidente do PTB, Roberto Jefferson, de convencer o segundo colocado, Marcelo Crivella (PL), a desistir para, em tese, beneficiar Jorge Bittar (PT): "Se acontecer, será o programa "Vale Tudo por um Voto'".

Quem te viu
Inácio Arruda (PC do B), que recuou da liderança isolada para situação de empate técnico na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, foi vaiado anteontem em uma cerimônia de colação de grau na Universidade Federal do Ceará. Em 2002, saiu ovacionado de evento semelhante.

Visita à Folha
Maristela Mafei, sócia-diretora da Máquina da Notícia, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do petista José Eduardo Martins Cardozo (SP), sobre a decisão da Mesa Diretora da Câmara de estender a ex-deputados que não se aposentaram pelo Parlamento os benefícios do plano de saúde da Casa:
-É um grande equívoco. Quando termina o mandato do deputado, ele passa a ser um cidadão comum. Não deve, portanto, ter nenhum tipo de privilégio. Espero sinceramente que a Mesa reveja esse absurdo.

CONTRAPONTO

Mercosul em debate

Durante seminário de negócios realizado anteontem em Ribeirão Preto (SP), o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, destacou em palestra a importância da união entre brasileiros e argentinos:
-Até para mudarmos os estereótipos que outros países têm da gente. Acham que o Brasil é futebol e samba e que a Argentina é futebol e tango, mais nada. Com a diferença de um ser melhor no primeiro quesito.
Ao lado do ministro, o ex-presidente argentino Eduardo Duhalde arregalou os olhos com a referência ao jogo de domingo, no qual o Brasil bateu seu arqui-rival nos pênaltis e conquistou a Copa América, depois de perder até os 47min do segundo tempo.
Sem conseguir se controlar, Duhalde pediu o microfone:
-Só para responder ao ministro Furlan, gostaria de propor que o futebol passe a ter apenas 42min em cada tempo!


Próximo Texto: Câmara cria 60 cargos para acomodar aliados de Lula
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.