DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, disse que foi um "erro" a compra de parte dos ingressos do show da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, na churrascaria Porcão, em Brasília, no qual uma parte da arrecadação teria sido destinada ao PT.
Casseb insistiu que o erro não foi a decisão de comprar os ingressos, que teria seguido "todos os procedimento legais". "Se [o BB] errou, errou depois disso. Porque, se, depois de ter feito isso e distribuído os ingressos para funcionários, identificou que atrás desse show existia um partido político, existia o PT, nós deveríamos ter revertido".
O BB comprou R$ 70 mil em ingressos do show, que ocorreu no dia 13 de julho, e os distribuiu a funcionários como prêmio por desempenho na venda de cartões de crédito. Apesar de estar em férias na ocasião e de não ter participado da decisão de comprar os ingressos, Casseb assumiu "a inteira responsabilidade" no caso.
"Afirmo que esse processo está dentro de todas as normas legais. Deveríamos posteriormente ter tomado a decisão de voltar atrás, o que talvez tivesse sido o mais certo. Vou procurar, daqui para a frente, não deixar que esse tipo de erro seja cometido. Vou procurar melhorar o nosso processo."
O presidente do BB disse que encaminhará toda a documentação relativa ao patrocínio ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União.
Segundo a assessoria do BB, a churrascaria Porcão devolveu ao banco na última sexta-feira os R$ 70 mil gastos no show, conforme anunciado depois da repercussão negativa do episódio.

Prédio novo
O PT está negociando a compra de um prédio avaliado em R$ 15 milhões. Localizado em um bairro nobre de São Paulo, o edifício abrigaria a nova sede do partido.
A pedido do PT, a dupla fez dois shows com renda revertida para para o partido. Paralelamente, a dupla negociava o patrocínio do BB para uma turnê de shows, mas conseguiu.
"A dupla Zezé Di Camargo & Luciano tem tudo a ver com o público do Banco Popular. Só que o programa está atrasado. Aí desistimos da idéia porque não havia como fazer show porque as agências não estavam lá [abertas] para atrair os clientes", disse Casseb.


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