São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2004

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LAVOURA ARCAICA

Sob forte esquema de segurança os supostos assassinos são apresentados a juiz e voltam para o DF

PF leva acusados do caso Unaí para BH

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Sob forte aparato de segurança, os sete suspeitos de envolvimento no assassinato de quatro funcionários do Ministério do Trabalho, ocorrido em Unaí (MG) em janeiro deste ano, foram apresentados ontem à Justiça Federal em Belo Horizonte.
Os suspeitos saíram de Brasília, onde estavam detidos, em dois aviões da Polícia Federal. Às 12h30, chegaram à Justiça Federal na capital mineira, ficaram por cerca de três horas e voltaram em seguida para Brasília.
Não houve depoimentos durante a audiência de ontem, fechada à imprensa e de caráter meramente formal. O juiz Jorge Gustavo Costa, da 9ª Vara Federal em Belo Horizonte, apenas obteve os dados pessoais dos suspeitos e perguntou se eles haviam sofrido violência física ou moral durante a prisão, o que foi negado.
A pedido da PF, o juiz autorizou a prorrogação, por 15 dias, do prazo de conclusão do inquérito. Como os suspeitos tiveram a prisão temporária decretada, a lei exige que o inquérito seja concluído em 15 dias, prorrogáveis por mais 15.
De acordo com a PF, a morte dos três fiscais e do motorista do Ministério do Trabalho custou R$ 50 mil e foi encomendada por causa de multas aplicadas por um dos fiscais na região de Unaí. Os investigadores tentam agora descobrir quem teria sido o principal mandante dos crimes.
Como o inquérito do caso tramita na Justiça Federal em Belo Horizonte, os suspeitos deveriam ficar presos na capital mineira. Contudo o Ministério Público Federal solicitou ao juiz que eles permanecessem em Brasília, por falta de espaço na cadeia da PF em Belo Horizonte e pelo fato de o inquérito estar sendo presidido pela PF naquela cidade.

Ainda sem advogados
Nenhum advogado dos suspeitos esteve na audiência. Até o final da tarde de ontem, a 9ª Vara Federal em Belo Horizonte não havia recebido pedido de habeas corpus em favor deles ou de prisão de outros possíveis envolvidos no caso.
Servidores da DRT (Delegacia Regional do Trabalho) em Belo Horizonte realizaram ontem um ato ecumênico em memória dos quatro funcionários assassinados em Unaí. Com faixas e cartazes, pediram a prisão dos mandantes e melhores condições de trabalho.


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