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LAVOURA ARCAICA
Sob forte esquema de segurança os supostos assassinos são apresentados a juiz e voltam para o DF
PF leva acusados do
caso Unaí para BH
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Sob forte aparato de segurança,
os sete suspeitos de envolvimento
no assassinato de quatro funcionários do Ministério do Trabalho,
ocorrido em Unaí (MG) em janeiro deste ano, foram apresentados
ontem à Justiça Federal em Belo
Horizonte.
Os suspeitos saíram de Brasília,
onde estavam detidos, em dois
aviões da Polícia Federal. Às
12h30, chegaram à Justiça Federal
na capital mineira, ficaram por
cerca de três horas e voltaram em
seguida para Brasília.
Não houve depoimentos durante a audiência de ontem, fechada à
imprensa e de caráter meramente
formal. O juiz Jorge Gustavo Costa, da 9ª Vara Federal em Belo Horizonte, apenas obteve os dados
pessoais dos suspeitos e perguntou se eles haviam sofrido violência física ou moral durante a prisão, o que foi negado.
A pedido da PF, o juiz autorizou
a prorrogação, por 15 dias, do prazo de conclusão do inquérito. Como os suspeitos tiveram a prisão
temporária decretada, a lei exige
que o inquérito seja concluído em
15 dias, prorrogáveis por mais 15.
De acordo com a PF, a morte
dos três fiscais e do motorista do
Ministério do Trabalho custou R$
50 mil e foi encomendada por
causa de multas aplicadas por um
dos fiscais na região de Unaí. Os
investigadores tentam agora descobrir quem teria sido o principal
mandante dos crimes.
Como o inquérito do caso tramita na Justiça Federal em Belo
Horizonte, os suspeitos deveriam
ficar presos na capital mineira.
Contudo o Ministério Público Federal solicitou ao juiz que eles permanecessem em Brasília, por falta
de espaço na cadeia da PF em Belo
Horizonte e pelo fato de o inquérito estar sendo presidido pela PF
naquela cidade.
Ainda sem advogados
Nenhum advogado dos suspeitos esteve na audiência. Até o final
da tarde de ontem, a 9ª Vara Federal em Belo Horizonte não havia
recebido pedido de habeas corpus
em favor deles ou de prisão de outros possíveis envolvidos no caso.
Servidores da DRT (Delegacia
Regional do Trabalho) em Belo
Horizonte realizaram ontem um
ato ecumênico em memória dos
quatro funcionários assassinados
em Unaí. Com faixas e cartazes,
pediram a prisão dos mandantes
e melhores condições de trabalho.
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