São Paulo, quarta, 29 de julho de 1998

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Privatização da Telebrás é uma "revolução", afirma ministro

da Redação

O ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, divulgou ontem para a imprensa um artigo defendendo a privatização do Sistema Telebrás, que deve ocorrer hoje.
No artigo, Mendonça de Barros diz que a venda de hoje é um "marco histórico" e que o país passará por uma "verdadeira revolução" com a desestatização.
Segundo o ministro, no Brasil 81% dos telefones pertencem às classes A e B, há 17 milhões esperando um telefone fixo e 7 milhões, um celular.
O ministro afirma que a privatização mudará esse quadro já no ano que vem, quando o Brasil, que tinha 15 milhões de linhas telefônicas no ano passado, terá 25 milhões de linhas em 99.
"Brevemente, em todas as localidades com mais de mil habitantes, quem pedir um linha telefônica a receberá em no máximo um mês", escreve.
Mendonça de Barros diz ainda que, de acordo com o BNDES, a venda do Sistema Telebrás criará 1,5 milhão de novos empregos nos próximos anos.
"Atualmente o mundo anda tão depressa que alguém que diz que uma coisa não pode ser feita pode ser interrompido por alguém que já a está fazendo", escreve Mendonça de Barros.
O ministro afirma que o próximo passo após a venda será a realização de uma licitação para concessão de serviços a novas empresas -conhecidas como "espelhos"- , que irão competir com as que serão privatizadas.
Ele diz que o processo de privatização só está sendo feito "graças à determinação do ministro Sérgio Motta, que nos deixou esse legado e assim inscreveu seu nome como um dos heróis da história da modernização brasileira".



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