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SEGURANÇA
Forças Armadas sustentam que não há recursos financeiros para oferecer a mesma proteção de eleições anteriores
TSE só enviará tropas em casos extremos
SILVANA DE FREITAS
SÍLVIA FREIRE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os comandos das Forças Armadas avisaram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que nestas eleições só darão proteção nos locais
em que a presença for imprescindível, sob o argumento de que não
há recursos financeiros que permitam uma fiscalização ampla.
Até agora o TSE aprovou pedidos de envio de tropas para cidades do Pará (23 cidades) e de Roraima (todo o Estado), tradicionalmente protegidas, e devolveu
uma solicitação feita pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre para que o órgão reveja a necessidade. Ainda será examinado um pedido relativo ao Tocantins.
O presidente interino do TSE,
ministro Sepúlveda Pertence, disse que o clima de confronto entre
o TRE do Acre e o governador
Jorge Viana (PT) será levado em
conta na aprovação ou não do envio de tropas ao Estado.
A presidente do TRE do Acre,
desembargadora Miracele Borges, conversou ontem com Pertence. Afirmou que não falou sobre o processo contra o governador e que só tratou da necessidade
da presença militar nos dias próximos à votação, em 6 de outubro.
Miracele disse que a proximidade com a fronteira e o fato de o Estado ser "corredor de drogas" justificariam a medida. Ela disse que,
em outros anos, houve acusações
contra candidatos que trocariam
droga por voto. Ela quer que atinja todas as 22 cidades acreanas.
Em recente sessão administrativa, o presidente do TSE, Nelson
Jobim, que está em viagem para a
China, disse aos outros ministros
que os comandos das Forças Armadas haviam apresentado um
pedido de moderação na aprovação de pedidos. O Exército afirma
que poderá ter dificuldade para
atender aos pedidos de envio de
tropas aos Estados diante da liberação antecipada de 44 mil recrutas no final de julho. A dispensa
antecipada dos recrutas foi causada por cortes no Orçamento determinados pelo governo federal.
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