São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 2002

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SEGURANÇA

Forças Armadas sustentam que não há recursos financeiros para oferecer a mesma proteção de eleições anteriores

TSE só enviará tropas em casos extremos

SILVANA DE FREITAS
SÍLVIA FREIRE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os comandos das Forças Armadas avisaram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que nestas eleições só darão proteção nos locais em que a presença for imprescindível, sob o argumento de que não há recursos financeiros que permitam uma fiscalização ampla.
Até agora o TSE aprovou pedidos de envio de tropas para cidades do Pará (23 cidades) e de Roraima (todo o Estado), tradicionalmente protegidas, e devolveu uma solicitação feita pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre para que o órgão reveja a necessidade. Ainda será examinado um pedido relativo ao Tocantins.
O presidente interino do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, disse que o clima de confronto entre o TRE do Acre e o governador Jorge Viana (PT) será levado em conta na aprovação ou não do envio de tropas ao Estado.
A presidente do TRE do Acre, desembargadora Miracele Borges, conversou ontem com Pertence. Afirmou que não falou sobre o processo contra o governador e que só tratou da necessidade da presença militar nos dias próximos à votação, em 6 de outubro.
Miracele disse que a proximidade com a fronteira e o fato de o Estado ser "corredor de drogas" justificariam a medida. Ela disse que, em outros anos, houve acusações contra candidatos que trocariam droga por voto. Ela quer que atinja todas as 22 cidades acreanas.
Em recente sessão administrativa, o presidente do TSE, Nelson Jobim, que está em viagem para a China, disse aos outros ministros que os comandos das Forças Armadas haviam apresentado um pedido de moderação na aprovação de pedidos. O Exército afirma que poderá ter dificuldade para atender aos pedidos de envio de tropas aos Estados diante da liberação antecipada de 44 mil recrutas no final de julho. A dispensa antecipada dos recrutas foi causada por cortes no Orçamento determinados pelo governo federal.


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