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São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

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Presidente envia recado de que não ouviria queixas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na reunião ministerial de ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um discurso otimista em relação à economia no próximo ano e não ouviu queixas por mais recursos.
Por intermédio do ministro Guido Mantega (Planejamento), que entregou a proposta orçamentária de antemão, Lula já havia mandado um recado à equipe: não queria ouvir queixas sobre falta de verbas. Um ministro disse à Folha que a ameaça de reforma ministerial também contribuiu para o clima relativamente calmo do encontro. Lula deverá mudar o ministério até o final do ano.
O presidente começou seu discurso dizendo que a equipe fez o "possível" com o Orçamento de 2003, herdado da administração FHC, e que este ano a prioridade era mesmo a gestão econômica e as reformas legislativas.
Lula disse considerar "praticamente" aprovada a reforma da Previdência, que terminou a tramitação na Câmara e que passará a ser apreciada no Senado.
Mas mostrou preocupação em relação à reforma tributária, que ainda está na Câmara, despertando bastante divergência. Um ministro disse que o presidente usou uma expressão semelhante a "batalha" para se referir à articulação para aprovar a reforma tributária.
O presidente encerrou a reunião afirmando que "o ano que vem vai ser um bom ano". Disse já haver "sinais" de recuperação econômica.
Segundo nota do Planalto, Lula declarou-se otimista porque a arrecadação poderá aumentar "em razão do crescimento econômico" e talvez o governo possa fazer mais do que o previsto.
Após a reunião ministerial, o Orçamento foi apresentado aos líderes e vice-líderes da base governista na Câmara e no Senado por três ministros. (WILSON SILVEIRA E KENNEDY ALENCAR)


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