|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Presidente envia
recado de que não
ouviria queixas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na reunião ministerial de
ontem, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva adotou
um discurso otimista em relação à economia no próximo ano e não ouviu queixas
por mais recursos.
Por intermédio do ministro Guido Mantega (Planejamento), que entregou a proposta orçamentária de antemão, Lula já havia mandado
um recado à equipe: não
queria ouvir queixas sobre
falta de verbas. Um ministro
disse à Folha que a ameaça
de reforma ministerial também contribuiu para o clima
relativamente calmo do encontro. Lula deverá mudar o
ministério até o final do ano.
O presidente começou seu
discurso dizendo que a equipe fez o "possível" com o Orçamento de 2003, herdado
da administração FHC, e
que este ano a prioridade era
mesmo a gestão econômica
e as reformas legislativas.
Lula disse considerar "praticamente" aprovada a reforma da Previdência, que
terminou a tramitação na
Câmara e que passará a ser
apreciada no Senado.
Mas mostrou preocupação
em relação à reforma tributária, que ainda está na Câmara, despertando bastante
divergência. Um ministro
disse que o presidente usou
uma expressão semelhante a
"batalha" para se referir à articulação para aprovar a reforma tributária.
O presidente encerrou a
reunião afirmando que "o
ano que vem vai ser um bom
ano". Disse já haver "sinais"
de recuperação econômica.
Segundo nota do Planalto,
Lula declarou-se otimista
porque a arrecadação poderá aumentar "em razão do
crescimento econômico" e
talvez o governo possa fazer
mais do que o previsto.
Após a reunião ministerial,
o Orçamento foi apresentado aos líderes e vice-líderes
da base governista na Câmara e no Senado por três ministros.
(WILSON SILVEIRA E KENNEDY ALENCAR)
Texto Anterior: Governo anuncia investimentos de R$ 7,8 bilhões Próximo Texto: Mínimo deve subir de 5% a 8%, diz governo Índice
|