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Mercadante e Quércia evitam atacar Serra em debate na TV
DA REPORTAGEM LOCAL
Aloizio Mercadante (PT) e
Orestes Quércia (PMDB) evitaram atacar diretamente José
Serra (PSDB) no debate promovido pela TV Bandeirantes
entre os candidatos ao governo
de São Paulo ontem. A tarefa de
criticar o tucano ficou a cargo
dos nanicos Carlos Apolinário
(PDT), Cláudio de Mauro (PV)
e Plínio de Arruda Sampaio
(PSOL). Quércia e Mercadante
também relutaram em trocar
alfinetadas entre si.
Serra não foi ao programa.
Sua cadeira ficou vazia, tal como as referências vagas que
Mercadante e Quércia fizeram
a ele. O petista preferiu associar
Serra ao governo de Fernando
Henrique Cardoso no Planalto
(1995-2002) e às gestões Geraldo Alckmin (2001-2006) e Mario Covas (1995-2001) no Palácio dos Bandeirantes. Quércia
se concentrou em aspectos
pontuais, como rodovias.
Um dos exemplos da estratégia de Mercadante foi a explicação oferecida à ausência de Serra no debate: o petista afirmou
que o tucano não foi ao evento
porque tem dificuldades para
responder pela gestão dos antecessores do PSDB, em especial
na segurança pública.
Mercadante também fez elogios ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, tal como no horário eleitoral na televisão, e louvou os números do governo federal na economia, tentando se
ligar a eles.
O único disposto ao confronto foi Apolinário, que resumiu
seu propósito em uma frase:
"Quero pegar o Serra". Ele afirmou, entre outros, que caso
Serra seja eleito e mantenha a
progressão continuada na educação cumprirá o papel de "exterminador do futuro".
Pesquisa Ibope divulgada ontem pelo jornal "O Estado de S.
Paulo" mostra que Serra reverteu a tendência de queda. Ele
venceria no primeiro turno se a
eleição fosse hoje. Serra subiu
de 43% para 46%, Mercadante
passou de 15% para 18% e
Quércia oscilou de 9% para 8%.
(LEANDRO BEGUOCI E ROGÉRIO PAGNAN)
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