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são paulo
VIOLÊNCIA
Policiais foram reconhecidos por jovem que escapou
PMs são acusados de assassinar dois jovens em São Bernardo
da Reportagem Local
A entidade internacional de direitos humanos Human Rights
Watch vai cobrar da polícia rigor
e agilidade na apuração do assassinato de dois jovens anteontem,
um de 15 anos e outro de 20, em
São Bernardo (Grande SP). Quatro PMs, entre eles um tenente,
são acusados pelas mortes.
O crime começou por volta das
3h30, na rua Jurubatuba, no centro de São Bernardo. Os policiais
suspeitos estavam em serviço.
De acordo com A.A.S., 16, o único sobrevivente, ele e mais dois
amigos estavam andando quando
foram abordados por um carro
do 6º Batalhão da PM. Eles foram
levados para a estrada do Montanhão, na periferia da cidade.
Em depoimento, A. disse que
ele e seus amigos foram obrigados
a tirar as roupas e a ficar olhando
para as armas dos policiais.
Em seguida, os quatro PMs começaram a disparar contra os
três. Os corpos foram deixados
em um matagal. A. se fingiu de
morto e, mesmo baleado, foi a pé
até o hospital, onde foi medicado.
Após o crime, a Corregedoria
foi acionada e A. foi ao 6º Batalhão da PM. Lá, ele reconheceu
quatro policiais.
Foram presos em flagrante o tenente Emerson Roberto de Sisto,
o cabo Vagner Pinheiro e os soldados Ivair Souza Júnior e Izaias
da Silva. Eles negam o crime. As
armas dos suspeitos foram
apreendidas para a realização de
exames periciais. "Vamos exigir a
apuração rigorosa", disse o diretor no Brasil da Human Rights
Watch, James Cavallaro.
A.A.S. está desde a manhã de
ontem sob cuidados de duas entidades que cuidam dos direitos de
adolescentes em São Bernardo.
PM morto
O PM Marco Aurélio Pires de
Moraes, 30, foi morto às 3h de ontem próximo a uma favela em Heliópolis. Ele foi o oitavo PM assassinado desde sexta-feira da semana passada. Com ele, já são 23
PMs mortos neste mês.
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