São Paulo, segunda, 29 de setembro de 1997.



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IPC
Presidente defende fim de aposentadoria especial a parlamentares, mantida pelo Senado
FHC defende fim de privilégio

da Reportagem Local

O presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem, em São Paulo, o fim do Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), mantido pelo Senado, em votação em primeiro turno, na semana passada.
"O governo não propôs o privilégio, que foi introduzido e tem que cair na Câmara. O presidente do Congresso (senador Antonio Carlos Magalhães) garantiu que vai acabar com a aposentadoria especial dos parlamentares na próxima semana. Isso está certo", afirmou o presidente.
A declaração de Fernando Henrique foi feita durante discurso na solenidade de formatura da primeira turma da Escola de Educação Profissional da Força Sindical.
No discurso, FHC não citou ou criticou a manutenção, pelos parlamentares, dos privilégios ao Poder Judiciário.
O Senado manteve a aposentadoria especial para juízes no mesmo dia em que rejeitou emenda que extinguia a aposentadoria especial dos parlamentares. A proposta de reforma da Previdência ainda passará por segundo turno no Senado e, depois, terá de ir ao plenário da Câmara.
A crítica à aposentadoria especial dos parlamentares aparentemente foi combinada com Luiz Antonio de Medeiros, presidente da Força Sindical.
No discurso que antecedeu ao do presidente da República, Medeiros se disse "muito triste" com o "privilégio" dado a parlamentares e juízes durante a votação da reforma da Previdência.
"É preciso derrubar essa imoralidade de privilégio para a elite", declarou Medeiros, que foi aplaudido por FHC.
Oposição
Em outro trecho do discurso, o presidente criticou a oposição de forma implícita. "Olhar para o social não é fazer demagogia, gritando palavras vazias", declarou.
Para FHC, seu governo dá "oportunidades efetivas" a trabalhadores. Como exemplo, citou a liberação de recursos do Ministério do Trabalho para o curso profissionalizante organizado pela central de Medeiros.
No entusiasmo, afirmou que seu governo não é de "falação". "Somos um governo de fazeção (sic)."



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