São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2005

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DA UNE À CÂMARA

Sabotado pelo PT, Aldo sofreu derrotas como coordenador político

Ex-ministro colecionou fracassos

DA REDAÇÃO

O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), conhecido por ter presidido a UNE (1980-1981), voltou a ganhar projeção nacional no governo Lula como líder do governo na Câmara e, a partir de janeiro de 2004, como ministro da Coordenação Política.
Indicado para substituir o então ministro da Casa Civil José Dirceu no papel de articulador do governo, fracassou na função. Sabotado pelo PT, foi responsabilizado por várias derrotas -como a derrubada da MP que proibia o funcionamento dos bingos e a rejeição do salário mínimo de R$ 260 pelo Senado, ambas em 2004. Mas o pior resultado foi a eleição do deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE), em fevereiro deste ano. Desde então, a situação só piorou, com a derrubada da MP 232 e a criação da CPI dos Correios. Afastado do cargo em julho, foi escolhido para disputar a presidência da Câmara, quando o Planalto percebeu que não conseguiria eleger um petista.
José Aldo Rebelo Figueiredo nasceu em Viçosa (AL) em 23 de fevereiro de 1956. Seu pai era vaqueiro numa fazenda de Teotônio Vilela. Em 1975, ingressou na Faculdade de Direito da Ufal (Alagoas). Não concluiu o curso, mas virou líder estudantil e passou a integrar a direção do PC do B, então na ilegalidade.
Eleito presidente da UNE em 1980 em eleição direta. Disputou a Câmara em 1982 pelo PMDB, sem êxito. Em 1985, filiou-se ao PC do B, pelo qual foi eleito vereador em São Paulo em 1988. Eleito deputado federal em 1990, votou a favor da abertura de processo de impeachment de Fernando Collor em 1992. Condenou a privatização e a quebra dos monopólios estatais. Votou contra a reforma previdenciária no governo FHC e a favor no governo Lula.


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