São Paulo, sábado, 29 de setembro de 2007

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Ministro do PMDB diz que partido quer corrigir erro

SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma das principais vítimas da rebeldia do PMDB - seu próprio partido, que na última quinta-feira derrotou o governo e derrubou a medida provisória 377 que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo e mais 660 cargos de confiança- o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) disse, ontem, que os peemedebistas estão dispostos a "corrigir o erro".
Segundo ele, o problema agora é mais jurídico do que político. "O governo precisa encontrar uma solução jurídica, o político nós construímos", afirmou. "Quando há um erro tão claro como esse é interesse de todos corrigi-lo", completou, referindo especificamente à bancada do PMDB no Senado.
Esta semana, numa demonstração de insatisfação com indicações do governo para cargos do segundo escalão, os senadores do PMDB conseguiram derrubar a MP e atingir diretamente a pasta comandada pelo próprio partido.
Dos 660 cargos que a MP criava, 206 estavam vinculados à Integração Nacional, ministério comandado por Geddel. São vagas previstas para reestruturação da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). Cada uma ficaria com 103 cargos.
Diante da manobra do PMDB, Geddel terá que adiar as nomeações dos dirigentes das suas superintendências, o que pretendia fazer nos próximos dias. Irritado com o problema criado pelo seu partido, o ministro não aceita a tese de que a derrubada da MP foi uma estratégia dos peemedebistas para demonstrar força.
"Me recuso a aceitar a tese de que foi um aviso. Foi um equívoco. Um erro dos senadores." Mas admitiu que o estrago foi grande. "Temos um componente que não é só político e é difícil de resolver. É uma questão jurídica."
"O Brasil tem pressa e não será por uma picuinha que o PMDB vai deixar de votar." Para o ministro, isso já está bem claro para o partido.


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