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Ministro do PMDB diz que partido quer corrigir erro
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma das principais vítimas
da rebeldia do PMDB - seu
próprio partido, que na última
quinta-feira derrotou o governo e derrubou a medida provisória 377 que criava a Secretaria de Planejamento de Longo
Prazo e mais 660 cargos de confiança- o ministro Geddel
Vieira Lima (Integração Nacional) disse, ontem, que os peemedebistas estão dispostos a
"corrigir o erro".
Segundo ele, o problema agora é mais jurídico do que político. "O governo precisa encontrar uma solução jurídica, o político nós construímos", afirmou. "Quando há um erro tão
claro como esse é interesse de
todos corrigi-lo", completou,
referindo especificamente à
bancada do PMDB no Senado.
Esta semana, numa demonstração de insatisfação com indicações do governo para cargos do segundo escalão, os senadores do PMDB conseguiram derrubar a MP e atingir diretamente a pasta comandada
pelo próprio partido.
Dos 660 cargos que a MP
criava, 206 estavam vinculados
à Integração Nacional, ministério comandado por Geddel. São
vagas previstas para reestruturação da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da
Amazônia) e da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). Cada uma
ficaria com 103 cargos.
Diante da manobra do
PMDB, Geddel terá que adiar
as nomeações dos dirigentes
das suas superintendências, o
que pretendia fazer nos próximos dias. Irritado com o problema criado pelo seu partido,
o ministro não aceita a tese de
que a derrubada da MP foi uma
estratégia dos peemedebistas
para demonstrar força.
"Me recuso a aceitar a tese de
que foi um aviso. Foi um equívoco. Um erro dos senadores."
Mas admitiu que o estrago foi
grande. "Temos um componente que não é só político e é
difícil de resolver. É uma questão jurídica."
"O Brasil tem pressa e não será por uma picuinha que o
PMDB vai deixar de votar." Para o ministro, isso já está bem
claro para o partido.
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