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INTERIOR
Adversários tentam vincular PT a invasões
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A campanha eleitoral no segundo turno chegou à reta final
no norte do Paraná com os adversários tentando vincular as
candidaturas petistas a invasões
de terra e de áreas públicas.
Nos dois maiores colégios eleitorais do interior do Paraná,
Londrina e Maringá, o PT disputa com favoritismo em relação às
candidaturas do PDT e do PTB,
respectivamente.
Na última semana, em debates
e no horário gratuito de rádio e
TV, Homero Barbosa Neto
(PDT) explorou as ligações de
Nédson Micheleti (PT) com o
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em
Londrina.
Ratinho
Em Maringá, Batista (PTB)
usou seu amigo pessoal, o apresentador Ratinho, do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), para
anunciar invasões de camelôs e
de sem-terra na cidade em caso
de um vitória do candidato do
PT, José Cláudio.
A virulência dos ataques de
Ratinho ao candidato petista
acabou refletindo na campanha
de Batista.
Nos três últimos dias de campanha, o PT conseguiu 35 minutos de direito de resposta.
Além de tentar vincular o MST
a Nédson, Barbosa Neto aumentou o tom das críticas, na última
semana, referindo-se à experiência da administração petista
em Londrina (1993 a 1996).
Na época, o prefeito era Luís
Eduardo Cheida, hoje no
PMDB. Nessa administração,
Nédson ocupou o cargo de presidente da Cohab local, de 1992 a
1994.
O candidato do PT, porém,
não reagiu aos ataques. Nédson
Micheleti tem feito, desde o primeiro turno, uma campanha
que ele chama de ""propositiva".
Sem ataques a adversários e com
pouca discussão ideológica.
Clima tenso
Foi em Maringá onde o clima
eleitoral registrou mais tensão,
com troca de acusações entre os
candidatos e a interferência direta de Ratinho.
Nas duas cidades, as candidaturas petistas receberam apoio
explícito das igrejas Católica e
evangélicas. As igrejas montaram comitês para receber denúncias contra as atuais administrações.
Em Londrina, o prefeito Antônio Belinati (PFL), marido da vice-governadora Emília Belinati
(PTB), acabou cassado por corrupção.
Em Maringá, Jairo Gianoto
(PSDB) pediu licença por tempo
indeterminado.
O pedido, feito na semana passada, foi uma manobra de Gianoto para evitar seu afastamento
judicial. O Ministério Público do
Paraná descobriu depósitos de
R$ 549 mil em cheques da prefeitura em contas de Gianoto no
Banestado e no Banco do Brasil.
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