São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2000

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Prefeito retomou aliança com o PT

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O médico Célio de Castro retomou nessa campanha a aliança com o PT, que ele considera "natural", embora não tenha se entendido com os petistas em 1996, quando se elegeu prefeito de Belo Horizonte. Naquela eleição, ele buscou o apoio dos peemedebistas.
Ele foi o vice-prefeito do petista Patrus Ananias (1993 a 1996) e, por isso, entendia que deveria ser ele o candidato a prefeito, com o PT como vice. Sem acordo, Célio foi para a disputa e chegou ao segundo turno, quando enfrentou o PSDB.
Eleito, o PSB de Célio dividiu a administração com o PMDB mineiro, que tinha o estigma de ser dominado pelo newtismo, os seguidores do vice-governador do Estado Newton Cardoso. Esse fato custou ao prefeito muitas críticas.
Célio, no entanto, mudou o curso da sua administração no meio do caminho.
Aos poucos, ele foi retirando os peemedebistas de postos-chave na prefeitura e foi alocando os "aliados naturais", que, até então, controlavam apenas a área de transportes e trânsito.
Com isso, ele garantiu a candidatura à reeleição com o apoio dos petistas, o que, segundo ele, é "essencial para a manutenção de um projeto democrático, com ampla participação popular".
Foi por meio da medicina, exercida por 35 anos em um pronto-socorro público em Belo Horizonte, que ele iniciou a militância política na AP (Ação Popular), uma organização clandestina que tinha como modelo o governo comunista da Albânia -chamada pelos comunista de "farol do mundo".
Depois Célio radicalizou e aderiu a uma dissidência da AP, a APML do B (Ação Popular Marxista Leninista do Brasil).
Célio abandonou a extrema esquerda e chegou ao socialismo, passando pelo PC do B (1976), PMDB (1980), PSDB (1987) e, finalmente, o PSB (1988).
Deputado federal por dois mandatos (1986 a 1992), ele tem dito que a vitória das "forças progressistas" em BH terá reflexos importantes nas eleições de 2002, diante da oposição que a capital mineira e o governo de Minas fazem ao governo federal. (PP)


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