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Prefeito retomou aliança com o PT
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O médico Célio de Castro retomou nessa campanha a aliança
com o PT, que ele considera "natural", embora não tenha se entendido com os petistas em 1996,
quando se elegeu prefeito de Belo
Horizonte. Naquela eleição, ele
buscou o apoio dos peemedebistas.
Ele foi o vice-prefeito do petista
Patrus Ananias (1993 a 1996) e,
por isso, entendia que deveria ser
ele o candidato a prefeito, com o
PT como vice. Sem acordo, Célio
foi para a disputa e chegou ao segundo turno, quando enfrentou o
PSDB.
Eleito, o PSB de Célio dividiu a
administração com o PMDB mineiro, que tinha o estigma de ser
dominado pelo newtismo, os seguidores do vice-governador do
Estado Newton Cardoso. Esse fato custou ao prefeito muitas críticas.
Célio, no entanto, mudou o curso da sua administração no meio
do caminho.
Aos poucos, ele foi retirando os
peemedebistas de postos-chave
na prefeitura e foi alocando os
"aliados naturais", que, até então,
controlavam apenas a área de
transportes e trânsito.
Com isso, ele garantiu a candidatura à reeleição com o apoio
dos petistas, o que, segundo ele, é
"essencial para a manutenção de
um projeto democrático, com
ampla participação popular".
Foi por meio da medicina, exercida por 35 anos em um pronto-socorro público em Belo Horizonte, que ele iniciou a militância
política na AP (Ação Popular),
uma organização clandestina que
tinha como modelo o governo comunista da Albânia -chamada
pelos comunista de "farol do
mundo".
Depois Célio radicalizou e aderiu a uma dissidência da AP, a
APML do B (Ação Popular Marxista Leninista do Brasil).
Célio abandonou a extrema esquerda e chegou ao socialismo,
passando pelo PC do B (1976),
PMDB (1980), PSDB (1987) e, finalmente, o PSB (1988).
Deputado federal por dois mandatos (1986 a 1992), ele tem dito
que a vitória das "forças progressistas" em BH terá reflexos importantes nas eleições de 2002,
diante da oposição que a capital
mineira e o governo de Minas fazem ao governo federal.
(PP)
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