São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

S. José tem empate; PT lidera em Campinas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO E DA REPORTAGEM LOCAL

Em Campinas, o candidato do PT, Toninho (PT), tinha 53% das intenções de voto (ou 64% dos votos válidos), contra 30% do tucano Carlos Sampaio (ou 36% dos válidos). Existem 10% de eleitores indecisos. Outros 7% pretendem votar em branco ou anular o voto.
O candidato do PT abre maior diferença sobre o segundo colocado no estrato de eleitores com o 2º grau (57% a 30%). O tucano vai melhor entre os eleitores com mais de 45 anos, onde alcança 33% dos votos.
O segundo turno da campanha em São José do Rio Preto, que reúne os ex-aliados Manoel Antunes (PFL) e Edinho Araújo (PPS), terminou com os dois candidatos tecnicamente empatados. Araújo tem 45% dos votos (ou 51% dos válidos), contra 43% de Antunes (ou 49% dos válidos), segundo pesquisa Datafolha feita ontem. Existem 7% de eleitores indecisos; 4% devem votar branco ou nulo.
A campanha se caracterizou como um "vale tudo", com acusações de agressão, traição, roubo, superfaturamento e suborno. Antunes comparou o rival ao ex-presidente Fernando Collor e usou as bandeiras do MST como munição contra a aliança PPS-PT.
Araújo revidou com os escândalos associados ao PFL, citando o ex-deputado Hildebrando Paschoal, acusado de diversos crimes, entre eles assassinato.
No primeiro debate, Antunes, então com 28 pontos percentuais de desvantagem, chamando o rival de mentiroso, omisso e traidor. Depois que novas pesquisas mostraram o avanço do adversário, Araújo declarou que até as crianças estavam lhe pedindo que respondesse às críticas e partiu para o contra-ataque. Passou a chamar Antunes de "Mané" e bombardeou sua atuação nas vezes em que foi prefeito.
Em Mogi das Cruzes, a campanha também foi marcada por acusações mútuas. A disputa está entre Junji Abe (PSDB) e Chico Bezerra (PMDB), que estão tecnicamente empatados, segundo institutos de pesquisa de opinião.
Deputado estadual no terceiro mandato, Junji, 59, diz que seu adversário fez uma campanha racista. "Ele recomendou que as pessoas não votassem em mim por eu ser filho de japoneses."
Ex-deputado estadual, o médico Chico Bezerra, 51, nega a acusação de racismo. "A colônia de japoneses em Mogi representa 10% da população, não falei contra japonês. Falei com relação ao Junji, que é do partido do presidente Fernando Henrique e está ligado aos grandes empresários", afirmou Bezerra, cearense.
Confrontos físicos marcaram a eleição em Mauá, na Grande São Paulo, disputada por Oswaldo Dias (PT) e Leonel Damo (PSDB). Militantes se envolveram em brigas, o que levou os candidatos a registrarem BOs (Boletins de Ocorrência) de ameaças e lesões corporais de seus militantes. O PT fez 9 BOs, e o PSDB, 17.
Na última terça, um militante petista teve fratura frontal por causa de uma pedrada que teria levado. Já os tucanos acusam os petistas de promoverem baderna.


Texto Anterior: Interior de SP: Mansur tem 50%, contra 43% de Telma
Próximo Texto: Em Diadema, partidos cortejam nordestinos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.