DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Corregedoria da Câmara dos Deputados decidiu ontem sugerir o arquivamento da investigação contra cinco deputados da Comissão de Minas e Energia da Casa que assinam pedido de R$ 70 mil a um empresário que participaria de um seminário de energia.
A notícia, divulgada pela coluna do jornalista Elio Gaspari, dava conta que os deputados pediam o dinheiro a título de patrocínio ao evento, que trataria de ações sociais de empresas de energia e é organizado pela ONG Instituto Mãos à Obra Brasil. Os deputados da comissão afirmaram que o pedido de patrocínio foi feito em papel timbrado da Câmara devido a erro da ONG, que assumiu a culpa. A comissão retirou o apoio ao evento após o episódio.
O deputado Luiz Piauhylino (sem partido-PE), corregedor da Câmara, sugere o arquivamento com base nas afirmações do deputado e da ONG. A Mesa da Câmara tradicionalmente segue o parecer da Corregedoria.
Ontem Piauhylino notificou os deputados Paulo Lima (PMDB-SP), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, e Luciano Zica (PT-SP), ouvidor da Casa, a apresentarem provas de que há deputados que praticaram extorsão contra empresários investigados pela Câmara. A Folha não conseguiu ouvi-los ontem.
O deputado federal André Luiz (PMDB-RJ), suspeito de tentar extorquir R$ 4 milhões do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, se recuperava ontem de acidente e não quis falar com a reportagem.


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