São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2008

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Paes responde a processo por improbidade

Ele diz que já não era mais secretário; futuro chefe da Casa Civil, também acusado, não quis comentar

DA SUCURSAL DO RIO

O prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o escolhido para ocupar a chefia da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho (PSDB), respondem juntos a processo de improbidade administrativa relacionada a uma obra quando ambos trabalhavam na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em 2002.
Carvalho era subsecretário de Paes, secretário nomeado pelo prefeito Cesar Maia. Eles licitaram a obra de uma praça na zona norte, mas a construção aconteceu em condomínio privado. A ação foi revelada ontem pelo jornal "O Globo".
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, seriam feitas "obras de melhorias e tratamento paisagístico na praça situada na avenida Marechal Rondon com a rua Nazário". Mas foi construída praça no Conjunto Bairro Novo, condomínio fechado por cancelas.
A juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Alessandra Cristina Peixoto, aceitou a denúncia e notificou Paes, Carvalho, dois funcionários da Fundação Parques e Jardins, responsável pela obra, e a construtora responsável pelo projeto.
Paes se elegeu deputado federal naquele ano. Para a Promotoria, os acusados "induziram os agentes públicos competentes para a prática de ato de improbidade e dele se beneficiaram indiretamente, com nítido propósito eleitoreiro".
Paes afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não era mais secretário quando as obras foram realizadas, mas que a praça beneficia muitos moradores. Carvalho não quis comentar o assunto.


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