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Paes responde a processo por improbidade
Ele diz que já não era mais secretário; futuro chefe da Casa Civil, também acusado, não quis comentar
DA SUCURSAL DO RIO
O prefeito eleito do Rio,
Eduardo Paes (PMDB), e o escolhido para ocupar a chefia da
Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho (PSDB), respondem juntos
a processo de improbidade administrativa relacionada a uma
obra quando ambos trabalhavam na Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, em 2002.
Carvalho era subsecretário
de Paes, secretário nomeado
pelo prefeito Cesar Maia. Eles
licitaram a obra de uma praça
na zona norte, mas a construção aconteceu em condomínio
privado. A ação foi revelada ontem pelo jornal "O Globo".
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, seriam feitas "obras de melhorias
e tratamento paisagístico na
praça situada na avenida Marechal Rondon com a rua Nazário". Mas foi construída praça
no Conjunto Bairro Novo, condomínio fechado por cancelas.
A juíza da 8ª Vara de Fazenda
Pública, Alessandra Cristina
Peixoto, aceitou a denúncia e
notificou Paes, Carvalho, dois
funcionários da Fundação Parques e Jardins, responsável pela obra, e a construtora responsável pelo projeto.
Paes se elegeu deputado federal naquele ano. Para a Promotoria, os acusados "induziram os agentes públicos competentes para a prática de ato
de improbidade e dele se beneficiaram indiretamente, com
nítido propósito eleitoreiro".
Paes afirmou, por meio de
sua assessoria de imprensa, que
não era mais secretário quando
as obras foram realizadas, mas
que a praça beneficia muitos
moradores. Carvalho não quis
comentar o assunto.
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