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CONGRESSO
"O importante é uma boa reforma", diz
FHC ataca "pressa" na
mudança tributária
do enviado especial a Pirenópolis
e da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que
não se pode "aprovar por
aprovar" a reforma tributária e
que a votação pode ficar para
mais adiante.
Informado de que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), pretendia
votar a reforma nesta quarta,
FHC disse: "Não pode aprovar
por aprovar. Se der para ser na
quarta (a votação), vota na
quarta. Se der para ser na quinta, vota na quinta. Se não, na
outra semana. O importante é
ter uma boa reforma".
As declarações foram feitas
em rápida entrevista coletiva
em Pirenópolis (GO), onde reinaugurou um teatro.
O presidente classificou de
"excelente" a reunião de anteontem sobre reforma tributária, da qual participaram os
ministros Pedro Malan (Fazenda) e Alcides Tápias (Desenvolvimento), o secretário
da Receita, Everardo Maciel,
secretários estaduais da Fazenda e deputados. "Nós temos
que pensar é no país, não
adianta ficar brigando um com
o outro", disse FHC.
Na reunião, que durou quase
cinco horas, não houve consenso, mas, segundo Malan,
"nunca estivemos tão perto de
um entendimento".
O ministro deve apresentar
amanhã aos deputados da comissão especial de reforma tributária e aos representantes
dos Estados os princípios tributários que o governo quer
manter na Constituição e os
que deveriam ser fixados por
lei complementar.
Se conseguir deixar na Constituição só as regras gerais, o
governo ganha tempo para negociar como será a operacionalização da cobrança do IVA
(Imposto sobre Valor Agregado) -principal ponto de discórdia entre governo, Estados
e deputados da comissão especial que aprovou a proposta de
reforma na semana passada.
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