São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 2002

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LOTERIA

Casa diz que tomou medida para evitar privilégios a deputados

Câmara faz sorteio de gabinetes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com transmissão ao vivo pela TV Câmara e pompas de um sorteio de loteria federal, foram distribuídos ontem 187 gabinetes entre os deputados eleitos.
A medida foi tomada para evitar privilégios a deputados de maior prestígio e evitar o "mercado negro" de gabinetes ocorrido no passado, quando deputados não-reeleitos cediam seus gabinetes em troca da contratação de funcionários.
"Vamos ao sorteio de mais um gabinete. É o 748, que sai para Luciano Leitoa (PDT-MA)", dizia com voz empostada o apresentador. O número do gabinete era retirado de um globo por uma assistente de palco.
Numa das primeiras fileiras, o deputado eleito Ronivon Santiago (PPB-AC) aguardava o sorteio. Ele responde a processo na Justiça Eleitoral por compra de votos nas eleições deste ano. Teve a prisão preventiva revogada no último sábado.
E o apresentador seguia: "É o gabinete 831, que sai para Jader Barbalho (PMDB-PA)". Um murmúrio contido toma conta do público. O nome de Enéas Carneiro (Prona-SP) recebe vaias. A platéia delira quando é anunciado o gabinete de Sandes Júnior (PPB-GO), cujo nome lembra a dupla Sandy e Júnior.
O primeiro-secretário da Câmara, Severino Cavalcanti (PPB-PE), afirmou que o sorteio evita "deputados de primeira e de segunda". Ele disse ter sido procurado pelo deputado eleito Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), que queria ficar com gabinete 906, já ocupado pelo tio Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), morto em 1998. ACM Neto ficou com o gabinete 939. O 906, com Ronivon Santiago.
(LUCIO VAZ)


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