São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 2002

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SISTEMA FINANCEIRO

Banco sofreu intervenção em 1995

Justiça condena 11 acusados de fraude no caso do Banco Nacional

DA SUCURSAL DO RIO

Acusados por gestão temerária, 11 dos 12 ex-controladores e ex-gerentes do Banco Nacional, entre eles Eduardo e Fernando Catão de Magalhães Pinto, irmãos do ex-presidente da instituição financeira Marcos de Magalhães Pinto, foram condenados ontem pela Justiça Federal do Rio.
O juiz Marcos André Bizzo Moliari, da 1ª Vara Federal Criminal, concluiu que "a fraude operada contra o sistema financeiro pelos condenados representou um incalculável prejuízo ao Tesouro".
Os réus são acusados de evasão de divisas de US$ 3,297 milhões. O banco sofreu intervenção em 1995. Em 1986, o Nacional apresentou um rombo de cerca de US$ 600 milhões. Para encobrir o rombo, o banco forjou empréstimos para clientes fictícios.
Também foram condenados Germano de Brito Lyra, Benedito Fernandes Duarte, Décio da Silva Bueno, Francisco Murilo Zerbini, Ivan Humberto Carratu, Nuhan Szprinc, Antônio Fráguas Sobrinho, Frederico Martins de Matos e João Augusto Muniz dos Santos.
Com exceção dos irmãos Magalhães Pinto, os demais foram condenados a multa no valor de cem salários mínimos da época e a três anos de prisão. Eduardo e Fernando receberam penas de três anos e meio de prisão e multa de 15 mil salários mínimos da época.
Os anos de reclusão foram substituídos por prestação de serviços comunitários e doações mensais de gêneros alimentícios a instituições credenciadas. A Folha procurou por telefone o advogado Nélio Machado, que defende a família Magalhães Pinto, mas, até o fechamento desta edição, ele não havia telefonado. (SABRINA PETRY)


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