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SISTEMA FINANCEIRO
Banco sofreu intervenção em 1995
Justiça condena 11 acusados de fraude no caso do Banco Nacional
DA SUCURSAL DO RIO
Acusados por gestão temerária,
11 dos 12 ex-controladores e ex-gerentes do Banco Nacional, entre eles Eduardo e Fernando Catão de Magalhães Pinto, irmãos
do ex-presidente da instituição financeira Marcos de Magalhães
Pinto, foram condenados ontem
pela Justiça Federal do Rio.
O juiz Marcos André Bizzo Moliari, da 1ª Vara Federal Criminal,
concluiu que "a fraude operada
contra o sistema financeiro pelos
condenados representou um incalculável prejuízo ao Tesouro".
Os réus são acusados de evasão
de divisas de US$ 3,297 milhões.
O banco sofreu intervenção em
1995. Em 1986, o Nacional apresentou um rombo de cerca de
US$ 600 milhões. Para encobrir o
rombo, o banco forjou empréstimos para clientes fictícios.
Também foram condenados
Germano de Brito Lyra, Benedito
Fernandes Duarte, Décio da Silva
Bueno, Francisco Murilo Zerbini,
Ivan Humberto Carratu, Nuhan
Szprinc, Antônio Fráguas Sobrinho, Frederico Martins de Matos
e João Augusto Muniz dos Santos.
Com exceção dos irmãos Magalhães Pinto, os demais foram condenados a multa no valor de cem salários mínimos da época e a três
anos de prisão. Eduardo e Fernando receberam penas de três
anos e meio de prisão e multa de
15 mil salários mínimos da época.
Os anos de reclusão foram substituídos por prestação de serviços
comunitários e doações mensais
de gêneros alimentícios a instituições credenciadas. A Folha procurou por telefone o advogado
Nélio Machado, que defende a família Magalhães Pinto, mas, até o
fechamento desta edição, ele não
havia telefonado.
(SABRINA PETRY)
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