São Paulo, Quarta-feira, 29 de Dezembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BUG DO ANO 2000
Técnicos garantirão o funcionamento de serviços públicos; esquema vai até as 18h de 3 de janeiro
São Paulo manterá 35 mil de prontidão

da Reportagem Local

A partir das 8h do dia 31 de dezembro, 35 mil técnicos do governo de São Paulo estarão de plantão para garantir o funcionamento dos serviços públicos, caso ocorram problemas provocados pelo bug do ano 2000. A prontidão vai até as 18h de 3 de janeiro.
De acordo com o diretor do Comitê Gestor do Programa Ano 2000, Dalmo Nogueira, todos os órgãos do Estado estão preparados para a virada do ano e há planos de contingência traçados para falhas nos sistemas de energia, transportes ou telecomunicações.
"Não acreditamos que haverá problemas nos setores de energia, saúde e segurança em função do bug. Podem surgir problemas localizados no decorrer do ano, mas devem ser problemas banais, como erros no endereço de cartas", disse Nogueira.
No Palácio dos Bandeirantes, foi montada uma sala com oito computadores que vão monitorar todos os setores que podem ser afetados pelo bug do ano 2000: energia, recursos hídricos, transportes, segurança pública e saúde.
Trabalharão 50 pessoas nessa central, encarregada também de acompanhar a virada do ano no mundo, desde as 10h, quando 2000 chegará à Nova Zelândia.
Serão divulgados boletins de hora em hora até as 22h. Todas as informações estarão disponíveis no site do programa na Internet (www.bug2000.sp.gov.br).
A Secretaria de Energia terá um plantão próprio. Começa a funcionar hoje numa central montada na avenida Angélica e vai até o dia 3 de janeiro. As empresas de transmissão e geração de energia, assim como as distribuidoras, terão salas no local.
"Fizemos nosso dever de casa", garante o secretário Mauro Arce, lembrando que houve duas simulações, em junho e em dezembro, e que tudo funcionou corretamente. Os maiores consumidores de energia foram contatados para que fosse feita uma programação da carga.
Mas caso falte energia, há planos emergenciais para as áreas de segurança pública, administração penitenciária, transportes, saúde, recursos hídricos, assistência e desenvolvimento social.
A Defesa Civil, junto com o monitor central, acionará esses esquemas alternativos. No caso das telecomunicações, por exemplo, há dois sistemas de rádio que podem ser usados e independem de energia elétrica.
Os órgãos que controlam as áreas críticas terão esquemas de plantão e emergência , além do centro de monitoramento.
O Comando Militar do Sudeste vai repassar ao governo do Estado as informações do Ministério da Defesa, em Brasília.
Há também um plano de contingência para o acesso à Internet, com três sistemas independentes: o que é usado habitualmente pelo governo de São Paulo, pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp), uma ligação com provedor privado, no caso o UOL (Universo Online), e uma outra direta com os Estados Unidos.
Desde 1996, quando começou a prevenção ao bug do ano 2000, o governo do Estado já gastou pelo menos R$ 250 milhões.
Os maiores recursos foram exigidos para a adequação das folhas de pagamento.
As ações dos governos norte-americano e inglês foram as principais referências do trabalho em São Paulo.


Texto Anterior: FHC e ministros ficam de "plantão"
Próximo Texto: Governo federal descarta um "apagão'
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.