São Paulo, Domingo, 30 de Janeiro de 2000


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Texto analisa showmissas

da Reportagem Local

O livro "Novo Milênio, Novo Presbítero?" dedica três páginas à recente explosão dos padres cantores (ou "midiáticos"). Indaga, primeiro, se os sacerdotes "pop stars" já não estariam mexendo "com a cabeça de muito seminarista" e induzindo "à imitação".
Depois, constata: "os próprios fiéis, fascinados por esse tipo de culto e de linguagem, passam a cobrar dos outros presbíteros mudanças na maneira de celebrar e de se comunicar".
Vem, então, a pergunta inevitável: o padre do futuro deve seguir o modelo dos midiáticos? Em vez de apresentar respostas definitivas, o texto opta por enumerar os aspectos positivos e negativos do fenômeno.
Positivos: as missas-espetáculos "transmitem energia e vida"; afugentam a "chatice das celebrações tradicionais e o racionalismo das liturgias clássicas"; não ignoram "um tipo de sociedade como a nossa, que privilegia a cultura do corpo"; valorizam a identidade católica, corroída pelo "processo de secularização" e pela "avalanche pentecostal"; atendem à demanda sensorial dos cristãos (os estimulam a "sentir Deus", a "curtir a oração", a "fazer experiências religiosas").
A contrapartida, no entanto, é "grave". O documento considera que os padres cantores correm o risco permanente de:
* incentivar a fuga da realidade;
* destituir a fé de bases éticas;
* alimentar o descompromisso com "a necessária transformação" das estruturas sociais;
* banalizar a vivência mística;
* ceder "à certa mundanidade" da mídia ("roupas de grife, companhia de colunáveis");
* deixar-se levar pelas "vaidades do estrelismo" e aproximar-se em demasia do "rio de dinheiro" que costuma correr nos bastidores das TVs. (AA)


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