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Texto analisa
showmissas
da Reportagem Local
O livro "Novo Milênio, Novo
Presbítero?" dedica três páginas à
recente explosão dos padres cantores (ou "midiáticos"). Indaga,
primeiro, se os sacerdotes "pop
stars" já não estariam mexendo
"com a cabeça de muito seminarista" e induzindo "à imitação".
Depois, constata: "os próprios
fiéis, fascinados por esse tipo de
culto e de linguagem, passam a
cobrar dos outros presbíteros
mudanças na maneira de celebrar
e de se comunicar".
Vem, então, a pergunta inevitável: o padre do futuro deve seguir
o modelo dos midiáticos? Em vez
de apresentar respostas definitivas, o texto opta por enumerar os
aspectos positivos e negativos do
fenômeno.
Positivos: as missas-espetáculos
"transmitem energia e vida"; afugentam a "chatice das celebrações
tradicionais e o racionalismo das
liturgias clássicas"; não ignoram
"um tipo de sociedade como a
nossa, que privilegia a cultura do
corpo"; valorizam a identidade
católica, corroída pelo "processo
de secularização" e pela "avalanche pentecostal"; atendem à demanda sensorial dos cristãos (os
estimulam a "sentir Deus", a
"curtir a oração", a "fazer experiências religiosas").
A contrapartida, no entanto, é
"grave". O documento considera
que os padres cantores correm o
risco permanente de:
* incentivar a fuga da realidade;
* destituir a fé de bases éticas;
* alimentar o descompromisso
com "a necessária transformação" das estruturas sociais;
* banalizar a vivência mística;
* ceder "à certa mundanidade"
da mídia ("roupas de grife, companhia de colunáveis");
* deixar-se levar pelas "vaidades
do estrelismo" e aproximar-se em
demasia do "rio de dinheiro" que
costuma correr nos bastidores
das TVs.
(AA)
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