São Paulo, sexta, 30 de janeiro de 1998

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PMDB define em 8 de março se lançará candidato a presidente

LUCIO VAZ
da Sucursal de Brasília

O PMDB vai decidir no dia 8 de março, em Convenção Nacional, se terá candidato próprio para presidente da República ou comporá a coligação que apoiará a reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
A data do enfrentamento final entre governistas e dissidentes foi definida ontem em reunião da Executiva Nacional.
Para chegar a um acordo, os governistas aceitaram que o presidente nacional do partido, Paes de Andrade (CE), permaneça no cargo até a convenção.
Ficou acertado que na ocasião será decidido também se Paes fica na presidência até outubro ou se será afastado após a convenção.
Os governistas do partido não queriam que Paes presidisse a convenção de 8 de março.
O grupo pró-FHC, liderado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (SP), tem pressa em definir a posição do PMDB em relação à sucessão presidencial. O apoio a FHC garantiria mais espaço ao partido na reforma ministerial de abril.
Paes articula a candidatura própria. Prefere ver o ex-presidente Itamar Franco como candidato, mas aceita os nomes do ex-presidente e senador José Sarney (AP) e do senador Roberto Requião (PR).
O PMDB tem como atrativos eleitorais o espaço no horário eleitoral gratuito (cerca de 16 minutos diários, divididos em dois blocos de 7min56s) e a extensão de seus quadros: 8 governadores, 21 senadores, 87 deputados federais, 1.298 prefeitos, 12.953 vereadores e 6 milhões de filiados.
Os dois grupos se consideraram vitoriosos depois de ontem, mas Paes guardou um trunfo. O edital de convocação da convenção diz que o partido vai "deliberar sobre a candidatura própria do PMDB à Presidência da República". Se a convenção decidir contra a candidatura própria, não ficará expresso que o partido apóia FHC.



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