São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008 |
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Toda Mídia Nelson de Sá Subsídios e outras tolices
Em bloco, sites e telejornais destacaram o "recorde" na safra de cana. Explica-se assim o contra-ataque lançado por Lula e todos, em resposta às críticas ao etanol brasileiro. A "Time" noticiou ontem o próprio "contra-ataque", com o argumento de que a alta nos alimentos resulta antes do protecionismo dos "ricos" e do etanol de milho -como repisava ontem o "JN". Em poucos dias, o contra-ataque já deu resultado. "NYT", "FT" e outros trazem desde o fim de semana defesas apaixonadas do álcool e do Brasil. Ontem na AP, o ministro alemão do ambiente "aprovou o etanol do Brasil". E até o colunista Martin Wolf ecoou que o problema é o "etanol de milho dos EUA", sublinhando que a solução para a crise dos alimentos é "eliminar a pletora de proteção, subsídios e outras tolices" por lá. APESAR DE BUSH... Mas sempre tem George W. Bush, o presidente com maior desaprovação na história dos EUA. Ontem ele chamou entrevista e saiu dizendo, na manchete da BBC Brasil, que o "papel do etanol na alta dos alimentos é pequeno". Só uns 15%, chutou, mas argumentando de novo que o apoio ao etanol de milho é para substituir o petróleo, nada mais. E BLAIRO MAGGI Sempre tem também o governador de Mato Grosso. A entrevista em que defendeu avançar sobre a Amazônia para plantar mais e conter a crise dos alimentos, repercute sem parar -ontem no site do "Guardian" e na Salon, sob títulos como "Sobe o preço da comida e também a destruição da Amazônia" e citando seu posto de "rei da soja". "DESAFIO SUPERÁVEL" Ed Crooks, editor de energia do "FT", entrevistou o presidente da Petrobras e ressaltou a "confiança" da estatal nas novas reservas -com a avaliação de que a produção em Tupi não é "desafio insuperável". O mesmo "FT",
por outro lado, noticiou a queda nas ações da BG, uma das petroleiras envolvidas com os novos campos, após um relatório apontando "a dificuldade e o custo para a extração".
Na seqüência do "JN", o portal da Globo, o G1, recebe de braços abertos o porta-aviões George Washington, da série Nimitz, que carrega armamento nuclear. Ontem, "a repórter conta o que sentiu na freada na curta pista", fascinada que estava com o "elevador de avião", os "US$ 4 mil de comida por dia". Em outros textos, "Rio terá 'batalha naval' em alto-mar" etc. FORA DO EQUADOR Dias antes da visita do porta-aviões e do relançamento da Quarta Frota dos EUA, voltada para a América Latina, o "NYT" deu que o presidente Rafael Correa estava "purgando" as forças militares do Equador -e já "se move para expelir a base americana". "À BALA" Por outro lado, agências da AP à Xinhua seguem de perto a negociação na Colômbia do Conselho de Defesa sul-americano, entre o presidente Alvaro Uribe e Nelson Jobim. Mas o que ecoa na região é a frase do ministro, de que as Farc serão recebidas "à bala". MAIOR QUE A CHINA? Num encontro de "líderes globais" nos EUA, o "bilionário de mídia" e imóveis Sam Zell, do "Chicago Tribune", saiu espalhando que, hoje, "investiria no Brasil", no destaque da
Reuters.
Para Zell, o Brasil "tem chance de, em 30 anos, ser uma potência econômica maior do que a China".
Para a defesa de Ronaldo, a Globo achou um "homem que prefere não ser identificado" e que teria passado por uma situação igual à do jogador, notícia ontem pelo mundo inteiro, como deu a Record Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Parecer do procurador-geral é favorável a manter demarcação de área em Roraima Próximo Texto: PF afirma que grupo visava 27 prefeituras Índice |
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