São Paulo, quinta, 30 de abril de 1998

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Mercado aprova indicações e Bolsa sobe

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
da Reportagem Local

As indicações de Luiz Carlos Mendonça de Barros e de André Lara Resende foram bem-vindos pelo mercado financeiro.
Foi a confirmação final que o mercado esperava de que a privatização do sistema Telebrás, que deve render nada menos que R$ 25 bilhões ao governo, continua a ser considerada prioritária.
A Bolsa de Valores de São Paulo teve alta de 1,32%, com a maioria das ações que compõem o índice Bovespa mostrando valorização.
Os papéis PN (sem direito a voto) da Telebrás subiram 1,33%, movimentando um volume de R$ 337,9 milhões, 47,2% do total negociado na Bolsa de São Paulo.
As ações ON (com direito a voto) da Telebrás se valorizaram 1,36%, com participação de 2,6% nos negócios totais da Bolsa.
A Telesp PN também esteve entre as cinco ações mais negociadas ontem no mercado de São Paulo, fechando o dia com alta de 6,6% em suas cotações.
"O mercado estava fraquinho na abertura. Mas quando foram anunciados os dois nomes, sofreu uma grande puxada para cima", disse Manuel Maceira, do Banco Tendência.
O nome de Mendonça de Barros já havia sido apontado pelo mercado como o favorito para substituir Sérgio Motta.
"Mendonça de Barros tem experiência em privatização e seriedade", disse Eduardo de la Peña, analista do Bozano, Simonsen.
Segundo ele, quando Mendonça de Barros foi nomeado para cuidar da privatização da Telebrás as reações já haviam sido positivas. "Por isso a alta não foi extraordinária ontem. Ao indicar Luiz Carlos, o governo só confirmou aos investidores que será ele mesmo o responsável pela Telebrás", disse.
O nome de Lara Resende, um dos inventores do Plano Real, também indica que o governo vai manter sua política econômica, segundo analistas.
A grande dúvida ontem é se o mercado brasileiro e as ações da Telebrás teriam se sustentado caso a Bolsa de Nova York, a grande referência internacional, tivesse fechado em baixa.
A alta do índice Dow Jones, das 30 ações mais negociadas nos EUA, foi de 0,59%, a primeira alta depois de cinco dias consecutivos.



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