DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Na semana em que espera ser nomeado ministro da Integração Nacional, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) foi acusado de desvio de dinheiro público quando esteve à frente da extinta Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste).
O documento com a acusação foi protocolado ontem na Procuradoria da República em Campo Grande pelos presidentes do PTB e do PT de Selvíria (MS). Igual documento foi protocolado também no Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul.
Os denunciantes, José Dodô da Rocha (PTB) e Edgar Barbosa dos Santos (PT), acusam Tebet e o atual prefeito de Selvíria, Acir Kauás, de desviarem valor hoje equivalente a R$ 30 mil em outubro de 1987.
Os recursos foram liberados por Tebet, então superintendente da Sudeco, para a cobertura da escola Joaquim Camargo, no bairro da Véstia em Selvíria, município de 8.000 habitantes na divisa com São Paulo.
Segundo Barbosa dos Santos, o material comprado pelo prefeito Kauás, que em 1987 exercia seu primeiro mandato, nunca foi usado na escola, ""em um claro caso de malversação do dinheiro público". Dodô da Rocha aponta como outra irregularidade o fato de o material ter sido comprado na empresa de propriedade de Kauás, a Comércio de Construções Kadise.
Ele disse que irá pedir ao Ministério Público Federal uma auditoria na Sudeco, durante o período em que Ramez Tebet foi seu superintendente, entre julho de 1987 e março de 1990.
O prefeito Acir Kauás (PMDB), 56, disse ontem que a denúncia não é nova e ""faz parte do choro dos derrotados". ""Tenho outros processos desse pessoal e nunca foi provado nada contra minhas administrações", afirmou Kauás.
Reeleito em 2000, Kauás exerce seu terceiro mandato como prefeito com base em decisões judiciais. Inelegível pela Justiça Eleitoral do Mato Grosso do Sul, ele espera a confirmação de seu mandato em decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
(JOSÉ MASCHIO)









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