DA REDAÇÃO

Os manifestantes contrários à cúpula do G8 (os sete países mais ricos do planeta e a Rússia) começaram a se reunir ontem, em Annemasse, no sudeste francês. Impedidos de alcançar Evian, devido ao rígido esquema de segurança que cerca o encontro, será naquela cidade que os membros dos movimentos antiglobalização realizarão sua cúpula paralela "Outro mundo é possível".
Os primeiros atos, na verdade, ocorreram em Lausanne, cidade Suíça separada de Evian, na França, pelo lago Genebra. Cerca de 5.000 ativistas marcharam pelas ruas da cidade entoando lemas como "G8 colonialista" e "Eles são oito, nós somos bilhões".
No único incidente da marcha, um grupo de manifestantes mascarados entrou em confronto com a polícia. Os ativistas lançaram pedras e latas, enquanto os policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo. Ninguém se feriu com gravidade.
Temendo atos de vandalismo, os comerciantes de Annemasse gastaram cerca de US$ 1.400 cada um para erguer barricadas de proteção diante de seus estabelecimentos. Um anel de blocos de concreto e cercas de arame farpado, com dois metros de altura, transformou a delegacia da cidade em uma pequena fortaleza.
A principal manifestação deverá ocorrer no domingo. São esperados de 50 mil a 70 mil ativistas no ato. A França deslocou 15 mil policiais para manter a segurança na região de Evian-Annemasse.
As propostas discutidas na cúpula alternativa serão entregues ao presidente francês, Jacques Chirac, na segunda-feira.


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