São Paulo, domingo, 30 de junho de 2002

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PAINEL

Lista de chamada
José Alencar (PL-MG), confirmado ontem como candidato a vice na chapa presidencial de Lula (PT), compareceu a apenas 56,7% das sessões deliberativas do Senado neste ano.

Ranking de faltas
José Alencar é o quinto senador menos assíduo. Ganha apenas dos colegas José Sarney (PMDB-AP), Jonas Pinheiro (PFL-MT), Teotônio Vilela (PSDB-AL) e Alberto Silva (PMDB-PI). Os dados são da Mesa Diretora do Senado.

Quem comparece
O candidato José Serra (PSDB-SP), com 68,4%, perde em presença para os paulistas Tuma (PFL), com 85%, e Suplicy (PT), com 81,7%. O mais assíduo do ano é Pedro Simon (PMDB-RS), preterido como vice do tucano, que foi a 98,3% das sessões.

Curiosidade petista
O PT encomendou uma pesquisa qualitativa para medir o impacto das denúncias contra a Prefeitura de Santo André e das investigações da Polícia Federal na vida de Lula. O interesse é saber se houve estrago na campanha presidencial do partido.

Ópio do povo
Os petistas torcem para que o efeito Copa do Mundo tenha encoberto a repercussão das denúncias de corrupção na Prefeitura de Santo André (SP).

Súplica cearense
A cúpula do PSDB procurou Tasso Jereissati para tentar garantir o apoio dele a José Serra ao menos no segundo turno. O ex-governador topa, mas desde que Serra desista de apoiar Sérgio Machado (PMDB), rival do tucano Lúcio Alcântara, para o governo do Ceará.

Voto declarado
Ninguém no PSDB tem dúvida de que Tasso votará em Ciro Gomes no primeiro turno. Principalmente depois dos elogios públicos que o tucano fez ao candidato do PPS na semana passada em Nova York.

Tabuleiro eleitoral
O PL ficará sozinho na eleição da Bahia, onde apóia ACM. O PFL, que está livre na eleição presidencial, preferiu aliar-se ao PTB e ao PPB. Os liberais, mesmo tendo em seus quadros o governador Otto Alencar, devem enfrentar dificuldades para eleger algum deputado.

Cobrança da fatura
A bancada do PMDB no Congresso ameaça se rebelar contra o governo e contra a candidatura de José Serra, caso as emendas prometidas por FHC não sejam pagas até a próxima semana. Os parlamentares receberam promessas para votar em Serra na convenção e para aprovar a CPMF, mas nada foi liberado.

Tudo por dinheiro
O PMDB já bloqueou a votação da LDO na última quinta-feira para protestar contra o atraso na liberação das emendas. Se o governo não resolver a pendência, os peemedebistas podem se recusar novamente a votar a LDO na terça-feira.

Calmante oficial
Para tentar acalmar as bases peemedebistas, o governo promete liberar R$ 368 milhões em emendas nesta semana, via Ministério da Agricultura.

Dupla militância
Duda Mendonça, marqueteiro de Lula, é o responsável pela campanha publicitária do lançamento da nota de R$ 20. Duda, que foi contratado por licitação pelo Banco Central, receberá cerca de R$ 1 mi pelo trabalho.

Adorável lavanderia
Pesquisa do Conselho da Justiça Federal revela que apenas 13% dos juízes federais receberam, desde a criação da lei em 98, denúncias sobre crimes de lavagem de dinheiro. Condenação como a do juiz Nicolau é caso raro, avalia o estudo.

Agenda internacional
Ciro Gomes vai reunir-se na terça com a embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak, para mostrar propostas sobre diplomacia e comércio exterior.

TIROTEIO

Do prefeito de Aracaju, Marcelo Déda (PT), sobre a pressão do mercado financeiro contra a candidatura de Lula:
- O interesse do mercado não é que Lula mude, mas que Lula perca. O mercado não age como eleitor, mas como cabo eleitoral de José Serra.

CONTRAPONTO

Liberdade de escolha

No final da convenção do PPB, no último domingo, o ex-governador Paulo Maluf (PPB) concedeu entrevista à imprensa para falar da disputa ao governo de São Paulo.
Ao final da entrevista, um dos repórteres perguntou à Sylvia, mulher do ex-governador, se ela estava feliz com mais uma eleição em sua vida.
- Se ele está contente, também estou -, respondeu Sylvia, lacônica.
Maluf elogiou:
- A dona Sylvia é uma mulher exemplar. Nunca se meteu em política. Nunca disse para eu fazer isso ou aquilo.
Ao ser questionada por outro repórter se já tinha um candidato à Presidência, Sylvia limitou-se a negar.
Maluf aproveitou para arrematar, às gargalhadas:
- Nisso ela é uma mulher obediente. Só vota no candidato que o marido manda!



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