São Paulo, domingo, 30 de junho de 2002

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Cúpula petista já é alvo de uma ação penal e duas cíveis

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde o assassinado do prefeito Celso Daniel (PT), em janeiro deste ano, o Ministério Público do Estado de São Paulo já entrou na Justiça com uma ação criminal e com três ações cíveis contra membros da cúpula petista da administração municipal de Santo André.
A primeira delas foi na área criminal, quando a Promotoria de Justiça denunciou (acusou formalmente) o secretário de Serviços Municipais de Santo André, Klinger Luiz de Oliveira Souza, agora afastado, e os empresários Sérgio Gomes da Silva e Ronan Maria Pinto por crime de formação de quadrilha e por concussão (extorsão praticada por servidor).
Segundo os promotores, eles encabeçavam um esquema de coleta de propina de empresários do setor de transporte público da cidade. Testemunhas relataram que o dinheiro serviu para financiar campanhas eleitorais do PT.
Os três denunciados tiveram o pedido de prisão preventiva solicitado pela Promotoria, mas o juiz negou a solicitação.
Na área cível, 18 pessoas da administração petista ou ligada a ela de alguma forma são investigadas por improbidade administrativa (má gestão pública). A principal acusação é o uso do poder público para beneficiar empresas de amigos, por meio de licitações dirigidas ou de dispensa irregular de concorrência pública.
Por causa de uma dessas ações -cujo valor solicitado pela Promotoria para ser restituído aos cofres municipais é de cerca de R$ 44 milhões-, a Justiça decretou o bloqueio de bens de Klinger e de Ronan.
Nas outras duas ações é solicitada a devolução ao Tesouro municipal de R$ 9,63 milhões e de R$ 2,2 milhões. (LC)



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