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Procurador-geral já foi pró-descentralização
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes de ser candidato a procurador-geral, Cláudio Fonteles defendeu proposta que representaria abrir mão de poderes do cargo
que ocupará a partir de hoje.
"Tem sido comum aos que assumem o poder esquecer o que
diziam ou pregavam", diz o procurador Hélio Telho Filho, de
Goiás. "Quero crer que Fonteles
não seguirá esse exemplo. A concentração de poderes é um mal
que deve ser combatido."
Fonteles aprovou trabalho do
procurador Celso Três sobre a
"inconstitucional hipertrofia" do
procurador-geral da República.
"Todas as representações criminais contra altas autoridades deveriam ser distribuídas entre os 46
subprocuradores-gerais", diz o
procurador Luiz Francisco de
Souza. "Brindeiro centralizou todas as investigações sobre a cúpula do Estado em sete pessoas, o
que é um absurdo", afirma.
"O critério de distribuição deve
seguir o princípio da impessoalidade", diz Peterson Pereira, do
Amazonas. Para Edmar Machado, do Espírito Santo, a delegação
deve seguir "critérios técnicos".
"A concentração de várias atribuições em uma só pessoa dificulta o desempenho e concentra poder", diz Raquel Branquinho, do
Distrito Federal. "Sempre haverá
a possibilidade de se distribuírem
os processos de forma pulverizada, como se faz em São Paulo",
completa o procurador Paulo
Thadeu Gomes da Silva.
(FV)
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