UOL

São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Procurador-geral já foi pró-descentralização

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de ser candidato a procurador-geral, Cláudio Fonteles defendeu proposta que representaria abrir mão de poderes do cargo que ocupará a partir de hoje.
"Tem sido comum aos que assumem o poder esquecer o que diziam ou pregavam", diz o procurador Hélio Telho Filho, de Goiás. "Quero crer que Fonteles não seguirá esse exemplo. A concentração de poderes é um mal que deve ser combatido."
Fonteles aprovou trabalho do procurador Celso Três sobre a "inconstitucional hipertrofia" do procurador-geral da República.
"Todas as representações criminais contra altas autoridades deveriam ser distribuídas entre os 46 subprocuradores-gerais", diz o procurador Luiz Francisco de Souza. "Brindeiro centralizou todas as investigações sobre a cúpula do Estado em sete pessoas, o que é um absurdo", afirma.
"O critério de distribuição deve seguir o princípio da impessoalidade", diz Peterson Pereira, do Amazonas. Para Edmar Machado, do Espírito Santo, a delegação deve seguir "critérios técnicos".
"A concentração de várias atribuições em uma só pessoa dificulta o desempenho e concentra poder", diz Raquel Branquinho, do Distrito Federal. "Sempre haverá a possibilidade de se distribuírem os processos de forma pulverizada, como se faz em São Paulo", completa o procurador Paulo Thadeu Gomes da Silva. (FV)


Texto Anterior: Brindeiro evita comentar enquete ao deixar exercício
Próximo Texto: Sede de R$ 100 mi é investigada
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.