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Base aliada não consegue aprovar CPI do Mensalão
ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar das manobras em
um segundo dia de embates
com a oposição no plenário
da Câmara, os deputados
governistas não haviam conseguido aprovar, até o final
da noite de ontem, a CPI que
vai investigar a compra de
votos, que está sendo chamada de CPI do Mensalão.
Na Câmara, além do suposto pagamento de mesada, seriam investigadas a
compra de votos para a
aprovação da emenda da
reeleição, em 1997, durante o
governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
A pressa do governo em liberar a pauta visava evitar
que o Senado instalasse, hoje, a CPI mista sobre o "mensalão". O governo quer uma
CPI só na Câmara.
As manobras do governo
incluíram uma intervenção
direta do Planalto. No meio
da tarde, uma publicação extra do "Diário Oficial" trouxe uma medida provisória
que revogava outra, que
trancava a pauta desde terça.
Porém a MP 241, que trata
de recursos para o Haiti,
chegou ao plenário vinda do
Senado no início da noite.
Apesar de a presidência da
Casa não entender que se deva avaliar primeiro esse texto, uma série de requerimentos e discursos não havia garantido uma CPI apenas na
Câmara até as 23h30.
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