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SUCESSÃO
Mesmo sem conseguir formalizar apoio à reeleição, peemedebistas governistas terão representante no comando
PMDB fica na direção da campanha de FHC
da Sucursal de Brasília
O PMDB governista vai continuar participando do comando da campanha da reeleição do presidente Fernando
Henrique Cardoso, embora o partido não tenha formalizado o
apoio a nenhum candidato na
convenção realizada anteontem.
"O Jader (senador Jader Barbalho) continuará participando do
conselho como representante de
uma dissidência (do PMDB)",
afirmou o coordenador político da
campanha, Euclides Scalco.
Scalco disse ontem que o fato de
o PMDB não ter oficializado o
apoio a FHC trará prejuízos à
campanha. "O prejuízo será psicológico e visual: não poderemos
usar o nome do PMDB no material
de propaganda", afirmou.
O prejuízo, porém, não será eleitoral, segundo Scalco. Pela interpretação do coordenador, mesmo
que decidisse participar da aliança, o PMDB não estaria unido na
campanha. "Eleitoralmente não
haverá prejuízo porque uma ala
naturalmente não apoiaria Fernando Henrique", afirmou.
O comando da campanha entende que FHC vai continuar tendo o
apoio da corrente governista do
PMDB. O coordenador político da
campanha disse, no entanto, que
era importante o apoio formal.
"Como não houve uma decisão
nacional, o PMDB de cada Estado
está autorizado a apoiar quem
quiser", afirmou.
"O PMDB está livre, não podemos cobrar fidelidade partidária.
O partido ficou à deriva."
Scalco disse que o fato de o
PMDB não ter declarado apoio
formal a FHC não influenciará na
definição dos palanques regionais
do presidente-candidato.
Ou seja, os candidatos a governador dos partidos aliados (PSDB,
PFL e PPB) não terão prioridade
sobre os peemedebistas.
Para o senador José Fogaça
(PMDB-RS), o destino do partido
em um eventual segundo governo
de Fernando Henrique Cardoso
será determinado pela quantidade
de deputados federais, senadores e
governadores governistas que o
partido conseguir eleger.
Se o número for considerável, o
fato de o partido não ter apoiado
formalmente FHC poderá ter seu
peso aliviado na hora de fazer o loteamento dos cargos.
Segundo Fogaça, a convenção de
domingo foi "o momento mais
dramático, mais lamentável da
história do partido".
Ele prevê que, após as eleições, o
partido passará por uma "guerra
civil interna", que poderá durar
anos e levar à extinção do PMDB,
se não surgir um líder capaz de
reunificar o partido.
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
defendeu a permanência dos ministros da Justiça, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB-RS), no
governo.
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