São Paulo, terça, 30 de junho de 1998

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SUCESSÃO
Presidente-candidato vai ao RJ a quatro dias do prazo final para participação em inaugurações de obras
FHC inaugura porto em clima de campanha

LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio

Recepcionado com faixas, banda de música dos fuzileiros navais e claque trazida por prefeitos da região, o presidente Fernando Henrique Cardoso inaugurou ontem a primeira etapa da obra de ampliação e modernização do porto de Sepetiba, em Itaguaí (60 km ao sul do Rio), a quatro dias do prazo final para participação em eventos do tipo.
A obra foi acelerada em quatro meses mas a etapa inaugurada ontem só começa a operar em dezembro. Está previsto para 3 de setembro um leilão para definir a empresa que operará o terminal de contêineres.

Slogans
Durante discurso, FHC citou um dos slogans da campanha do PSDB: '"O Brasil tem rumo".
"Hoje no Brasil temos rumo. E esse rumo vai ser assegurado pela continuidade de nossas ações", afirmou o presidente-candidato.
Em discurso de cerca de 15 minutos, FHC falou não apenas do porto de Sepetiba.
Em discurso de candidato, citou as obras feitas com verba federal no Estado do Rio e falou de sua preocupação com saúde, educação e geração de emprego.
Disse, por exemplo, que o porto vai favorecer as crianças. "É uma obra para atender o povo da região. O desenvolvimento que vai ser gerado à partir desse porto vai beneficiar as crianças e jovens, aqueles que necessitam de melhor saúde e educação", discursou, diante de uma platéia de cerca de 300 pessoas.
FHC ainda prometeu apoio federal para a idéia de uma obra apresentada pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio): a criação de uma estrada ligando o porto à rodovia BR-140 (Rio-Juiz de Fora) orçada em US$ 170 milhões.

"Brasil em Ação"
A tarde, durante o "2º Seminário Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento: Oportunidades de Investimento", no Hotel Rio Palace, FHC listou as obras desenvolvidas pelo governo federal principalmente na área de transporte, energia e telecomunicações. E disse que essas obras são importantes para gerar empregos.
'"Emprego não se gera com gritaria, com demagogia", afirmou FHC, que anunciou a segunda fase do projeto com obras orçadas em R$ 4,4 bilhões.
Ele ressaltou que, se nem todas essas obras criam emprego, pelo menos mantêm alguns existentes. Segundo ele, as obras do programa "Brasil em Ação" conservarão 626.463 empregos.
'"Estamos hoje com a obsessão com a geração de empregos, mas tão importante quanto gerar é manter", disse.

Visão tosca
FHC afirmou que não se pode dissociar a parte social da questão econômica e criticou a visão "binária e tosca" da oposição.
"É para lá ou para cá? É para dentro ou para fora o desenvolvimento da economia? Mercado interno ou externo? É Estado ou não é Estado? Isso é uma visão que não cabe mais", disse.



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