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SUCESSÃO
Presidente-candidato vai ao RJ a quatro dias do prazo final para participação em inaugurações de obras
FHC inaugura porto em clima de campanha
LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio
Recepcionado
com faixas, banda de música
dos fuzileiros
navais e claque
trazida por prefeitos da região,
o presidente
Fernando Henrique Cardoso
inaugurou ontem a primeira etapa
da obra de ampliação e modernização do porto de Sepetiba, em
Itaguaí (60 km ao sul do Rio), a
quatro dias do prazo final para
participação em eventos do tipo.
A obra foi acelerada em quatro
meses mas a etapa inaugurada ontem só começa a operar em dezembro. Está previsto para 3 de setembro um leilão para definir a
empresa que operará o terminal
de contêineres.
Slogans
Durante discurso, FHC citou
um dos slogans
da campanha do
PSDB: '"O Brasil tem rumo".
"Hoje no Brasil temos rumo.
E esse rumo vai ser assegurado pela continuidade de nossas ações",
afirmou o presidente-candidato.
Em discurso de cerca de 15 minutos, FHC falou não apenas do
porto de Sepetiba.
Em discurso de candidato, citou
as obras feitas com verba federal
no Estado do Rio e falou de sua
preocupação com saúde, educação e geração de emprego.
Disse, por exemplo, que o porto
vai favorecer as crianças. "É uma
obra para atender o povo da região. O desenvolvimento que vai
ser gerado à partir desse porto vai
beneficiar as crianças e jovens,
aqueles que necessitam de melhor
saúde e educação", discursou,
diante de uma platéia de cerca de
300 pessoas.
FHC ainda prometeu apoio federal para a idéia de uma obra apresentada pela Firjan (Federação das
Indústrias do Rio): a criação de
uma estrada ligando o porto à rodovia BR-140 (Rio-Juiz de Fora)
orçada em US$ 170 milhões.
"Brasil em Ação"
A tarde, durante o "2º Seminário Eixos Nacionais de Integração
e Desenvolvimento: Oportunidades de Investimento", no Hotel
Rio Palace, FHC listou as obras
desenvolvidas pelo governo federal principalmente na área de
transporte, energia e telecomunicações. E disse que essas obras são
importantes para gerar empregos.
'"Emprego não se gera com gritaria, com demagogia", afirmou
FHC, que anunciou a segunda fase
do projeto com obras orçadas em
R$ 4,4 bilhões.
Ele ressaltou que, se nem todas
essas obras criam emprego, pelo
menos mantêm alguns existentes.
Segundo ele, as obras do programa "Brasil em Ação" conservarão 626.463 empregos.
'"Estamos hoje com a obsessão
com a geração de empregos, mas
tão importante quanto gerar é
manter", disse.
Visão tosca
FHC afirmou que não se pode
dissociar a parte social da questão
econômica e criticou a visão "binária e tosca" da oposição.
"É para lá ou para cá? É para
dentro ou para fora o desenvolvimento da economia? Mercado interno ou externo? É Estado ou não
é Estado? Isso é uma visão que não
cabe mais", disse.
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