da Agência Folha, em Porto Alegre

O governo do Estado do Rio Grande do Sul pagou ontem as 22 primeiras indenizações a pessoas que foram presas e torturadas durante o regime militar (1964-1985), entregando cheques no valor total de R$ 640 mil.
Até agora, já foram encaminhados 512 pedidos de indenizações ao governo gaúcho. O governador Antônio Britto (PMDB), que fez os pagamentos, disse que o mais importante da iniciativa "não são os cheques, mas o gesto de reparação" dos danos físicos e psicológicos sofridos pelos torturados.
O pagamento está previsto na lei 11.042, sancionada no ano passado pelo governo, que estabelece a indenização às pessoas presas ou detidas que tenham sofrido maus-tratos sob a guarda de agentes estaduais entre setembro de 61 e agosto de 79.
Cinco dos ex-presos políticos da lista de 22 já morreram e as suas indenizações foram recebidas por parentes. Também constou da relação e recebeu o pagamento o ex-deputado estadual Rubens Dario Porciúncula, 76, que foi cassado e preso.
Dos 100 pedidos já julgados pela comissão que trata do assunto, 67 foram deferidos e 33 indeferidos.



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