da Agência Folha, em Maceió

A Delegacia de Roubos e Furtos de Maceió (AL) abriu inquérito para apurar a denúncia do Sindicato dos Servidores da Assembléia Legislativa de Alagoas de que os deputados estão se apropriando ilegalmente do salários dos funcionários da Casa.
A presidente do sindicato, Alari Romariz, acusa a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de reter os salários de 290 servidores do mês passado e de pagar com até 40% de desconto "ilegal" os salários dos outros 2.000 funcionários.
O delegado Waldor Coimbra Lô, responsável pelo inquérito, intimou o presidente da Assembléia, deputado João Neto (PSDB), e o primeiro secretário, deputado Júnior Leão (PSDB), a entregar toda documentação relativa à folha de pagamento da Casa.
"A Mesa Diretora deixa de nos pagar para manter a mordomia dos deputados. Cada deputado recebe um salário de R$ 6.500, mais R$ 13 mil de verba de gabinete e outros R$ 38 mil para pagamento dos salários dos 30 comissionados por gabinete", afirmou a presidente do sindicato.
Segundo ela, os servidores da Assembléia ainda não receberam quatro salários de 1996 e os deputados estão usando em campanha eleitoral parte dos salários dos funcionários comissionados.



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