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Publicitário é alvo de denúncia por
destruição de documentos da DNA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O Ministério Público de Minas
Gerais ofereceu denúncia ontem
contra o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza por
ocultação e destruição de documentos fiscais e contábeis da
DNA, empresa em que é sócio.
Também foram denunciados
pelo mesmo crime o ex-policial
civil Marco Túlio Prata, o Pratinha, e o contador de Valério e irmão de Pratinha, Marco Aurélio
Prata. O crime de supressão de
documentos (artigo 305 do Código Penal) prevê pena de multa e
um a seis anos de prisão. Em nota
divulgada esta semana, Valério
disse desconhecer Pratinha e negou ter ordenado a destruição de
documentos da DNA.
A denúncia (acusação formal)
do Ministério Público é baseada
no resultado de uma operação
realizada com a Polícia Civil do
Estado na casa de Pratinha no último dia 14, quando foram cumpridos mandados de busca e
apreensão e de prisão preventiva
contra o ex-policial, que responde
a processo por homicídio.
Na casa de Pratinha, além de 17
armas de fogo, munição, silenciadores e coletes à prova de balas,
foram encontrados dois tambores
com papéis da DNA parcialmente
queimados. Foram apreendidas
no local 14 caixas com documentos emitidos pela agência, no valor total de R$ 182,1 milhões.
No dia 16 de julho, após denúncia, a polícia e o Ministério Público localizaram mais papéis queimados com o timbre da DNA, nas
imediações da casa de Pratinha.
Em conversa telefônica gravada
em 23 de junho, dia em que a Polícia Federal fez busca e apreensão
no escritório de Marco Aurélio, o
contador diz para o irmão que
"no escritório não tem nada e que
a papelada está em outro local".
Valério não se manifestou sobre
a denúncia do Ministério Público.
A Folha não conseguiu localizar
os outros denunciados.
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