VANESSA ADACHI
da Reportagem Local

A diretoria do Banespa declarou ontem que não existe motivo para alterar o calendário de privatização do banco por causa do bug do milênio.
"Não existe o "risco Banespa". O banco é um dos que está na liderança do processo de adequação para a chegada do ano 2000. Não há motivo para alterar o calendário de venda", disse Roberto Fatorelli Carneiro, diretor de tecnologia do Banespa.
A diretoria do Banespa decidiu se manifestar em resposta às declarações feitas pelo presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, na véspera.
Cypriano havia dito que o Bradesco, um dos principais interessados pelo Banespa, preferia que a privatização fosse adiada para o próximo ano.
A razão alegada por ele são preocupações com os efeitos do bug do milênio. "Dependendo das condições de adaptação do Banespa, podem ocorrer problemas", disse ele.
Fatorelli explicou que o Banespa começou a tratar do problema em 96. "Queremos deixar claro que o banco está bem", disse.
Segundo ele, em 96 foi feito um diagnóstico detalhado das necessidades de adaptação do banco.
De lá para cá, o Banespa investiu R$ 15 milhões na adequação. "Pode parecer pouco, comparado ao investimento de outros bancos, mas a razão para isso é que fizemos quase tudo com recursos próprios", disse o diretor.
"Foi nossa equipe própria que fez os diagnósticos e as modificações", afirmou.
De acordo com Fatorelli, em outubro do ano passado o Banespa já estava com tudo pronto e realizou testes de maneira integrada com todos os seus sistemas.
"Será tranquila a passagem para o próximo ano no Banespa. O que existe é uma preocupação de modo geral", disse o diretor.


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