São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2006 |
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Toda Mídia Nelson de Sá Esculacho
A pesquisa Sensus fez manchete nos portais, à tarde, e levou
tucanos e pefelistas ao limite. Álvaro Dias, no blog de Ricardo Noblat,
bradou que "é hora de mudar a estratégia, o discurso e a postura".
TRADIÇÃO Enquanto Lula prometia empregos, nas palavras de Fátima Bernardes, "os metalúrgicos da Volks de São Bernardo do Campo decidiram em assembléia entrar em greve", contra as 1.800 demissões. Entra o repórter, saudoso, "a greve foi decidida na velha tradição do sindicalismo do ABC: os trabalhadores fazem a paralisação dentro da empresa". O DIABO NOS DETALHES A atenção foi pouca nos telejornais, mas foi a manchete na Folha Online, "Programa de governo de Lula critica FHC", e no site de "O Estado de S. Paulo", "Programa de Lula foca desenvolvimento". E foi a obsessão do http://Valor On Line">Valor On Line o dia todo, com reportagens sobre reportagens. Abriu com registros genéricos, tipo "defende reforma política com financiamento público" e "promete emprego e crescimento". Depois foi ao detalhe, "Lula vê problemas na Previdência, mas o programa não traz reforma", ou ainda, "não traz meta de superávit primário". De todo modo, "mantém tendência da atual política econômica". PROMESSAS A agência Reuters e o site do "Financial Times" foram na mesma linha. Para a primeira, Lula "prometeu mais gastos do governo e programas sociais para ajudar os pobres" e "também assegurou investidores de que vai manter um caminho fiscal cauteloso". Mas "a plataforma não previu a reforma do sistema previdenciário endividado". O FT.com avaliou que o programa, que "promete estimular o crescimento com maiores investimentos na economia", não traz "objetivos e propostas concretas". Em suma, "evita detalhes". FALCÃO Na Bloomberg, misto de agência, site e TV, elogios de sobra, desde o título "Lula, surpreendente falcão da inflação, se volta aos empregos". Ele "surpreendeu investidores ao cortar inflação e déficit orçamentário" e agora "promete gastar quatro anos construindo sobre o sucesso para estimular crescimento". Além de investidores, foi entrevistado o brazilianista Thomas Skidmore, para quem "Lula começou como um populista e ninguém imaginava que terminaria arrumando e organizando um capitalismo brasileiro melhor". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: PFL expulsa 1 e poupa 4 do caso sanguessuga Índice |
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