DA SUCURSAL DO RIO

Sérgio Cabral (PMDB), presidente da Assembléia Legislativa, e o bispo Marcelo Crivella (PL), da Igreja Universal, continuam a liderar com folga a disputa pelas duas vagas do Rio de Janeiro para o Senado.
Cabral tinha 46% em meados de agosto, 47% no início de setembro e está agora com 48% do total das intenções de voto. Crivella foi de 25% para 31% e está com 30%, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 26 e 27 de setembro.
O terceiro colocado na disputa, Artur da Távola (PSDB), também praticamente não se mexeu: tinha 17% das intenções do eleitorado, foi para 21% e está com 22%.
Já o candidato do PDT, Leonel Brizola, continua a cair, apesar de um movimento dos últimos dias de arregimentar um apoio suprapartidário a sua candidatura: ele tinha 22% em agosto, caiu para 19% no início do mês e voltou a cair- agora aparece com 17% das intenções de voto.
O outro candidato do PDT, Carlos Lupi, vem se mantendo na faixa de 2%.
O único candidato que vem tendo crescimento além da margem de erro (três pontos percentuais) é Edson Santos (PT): ele tinha na primeira pesquisa 3%, foi para 8% e está agora com 14% das intenções de voto. O pastor manoel Ferreira (PPB) cresceu de 5%, depois para 9% e está com 11% na pesquisa, mas sua variação está dentro dos pontos percentuais da margem de erro.

Eleitores mais velhos
Na disputa pela segunda vaga contra o bispo Crivella, Artur da Távola leva vantagem entre os eleitores mais velhos, acima de 60 anos (30% contra 20%), entre os que têm nível superior de escolaridade (31% a 19%) e entre os mais ricos, com renda familiar acima de dez salários mínimos (37% a 15%).
O bispo, em compensação, é fortíssimo entre os mais jovens (principalmente na faixa dos 16 aos 34 anos), entre os menos instruídos (para eleitores apenas com ensino fundamental, 33% contra 18%) e entre os mais pobres (principalmente entre as famílias com renda de até cinco salários mínimos).
O candidato Edson Santos, do PT, já está em terceiro lugar na disputa entre os eleitores mais jovens, entre os que têm curso superior e entre os mais ricos.
Na pesquisa, 8% dos eleitores cariocas disseram que votariam branco ou nulo para o Senado e 26% ainda não sabem quem escolher para as duas vagas de senador do Estado.
(MARCELO BERABA)


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